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quinta-feira, 22 de abril de 2010

sábado, 17 de abril de 2010

PITAQUINHOS NA FOLHINHA

Matéria da Folhinha - encarte infantil da Folha de São Paulo - desse fim de semana aborda o Dia do Planeta e cita o blog Pitaquinhos da Fernanda, para orgulho do Papai e da Mamãe!




São Paulo, sábado, 17 de abril de 2010


Ambiente

Terra ferida

Em 22 de abril é comemorado o Dia do Planeta, que está cada vez mais machucado por causa das ações do homem

CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA

O mundo existe há mais de 4 bilhões de anos e sempre sofreu muitas mudanças. Espécies surgiram e se extinguiram. O globo já foi uma grande bola de gelo, depois um forno. Quando os dinos caminhavam sobre a Terra, por exemplo, era muito mais quente: tinha até florestas na Antártida!
Você deve estar pensando: "Puxa, se tudo muda e se vai continuar mudando, por que me preocupar agora?".
Por uma razão simples: desde que o homem construiu a civilização industrial, principalmente nos últimos 200 anos, as mudanças feitas por ele no planeta têm sido tão rápidas que agora elas ameaçam não só a humanidade mas também muitas espécies que dividem a Terra com a gente.
As principais feridas causadas na Terra são três. Elas têm a ver com as coisas que a gente faz para comer, vestir e ir de um lugar ao outro.

Salvar os humanos

A primeira é a mudança no clima. Para tudo nós precisamos de energia, e a principal forma de energia são os combustíveis que tiramos do subsolo, como o petróleo. Queimar petróleo produz gás carbônico, que esquenta o planeta. Nunca a Terra esteve tão quente.
A outra ferida planetária são as extinções. Elas são causadas principalmente pelo desmatamento de florestas como a Amazônia e pela poluição dos oceanos.
Aqui temos uma boa notícia: na última década, o desmatamento diminuiu um pouco no mundo, no Brasil inclusive. Mas ainda perdemos todo ano, só na Amazônia, o equivalente a quatro cidades de São Paulo. A floresta é queimada para virar capim -para alimentar o gado que nos fornece carne.
A terceira ferida é a poluição por nitrogênio. É difícil dar jeito nessa, pois ele é usado para fazer os fertilizantes da agricultura. Hoje, somos 6,6 bilhões de pessoas e, quando seus filhos forem grandes, seremos 9 bilhões! O nitrogênio polui as águas e vai para o ar, aumentando o efeito estufa.
A principal espécie ameaçada por causa de todos esses danos é a mesma que está causando os problemas -nós. Portanto, é preciso cuidar do ambiente não só para salvar o planeta, mas para salvar os humanos.

O QUE VOCÊ FAZ PARA AJUDAR?

NOTÍCIAS NO BLOG
"Sempre me preocupei com o ambiente e resolvi criar um blog [pitaquinhos.blogspot.com] para mostrar minhas ideias. Lá escrevo notícias sobre o planeta."
FERNANDA TEIXEIRA, 13, de Angelina (SC)

LAVADEIRA AMBIENTAL
"Eu me visto de lavadeira, com saia e lenço na cabeça, e conto histórias em escolas públicas. Também danço e faço uma cantoria [letra da música abaixo]. Falo que as pessoas têm que ajudar a não poluir as águas."
SAMANTA BARATIERI, 11, de Joaçaba (SC)

"Vim lavar minha roupa Com água pura e sabão Neste rio de brinquedo Que estendo neste chão"

USAR E REUSAR
"Reaproveito o meu material escolar (estojo, mala, pasta) em vez de comprar tudo de novo. Assim não gasto dinheiro e não poluo a cidade."
MHIRA LOEB, 8, de São Paulo (SP)

CARA DE PAISAGEM
"Não podemos perder nosso planeta por causa de maus hábitos de alguns adultos. Quem quiser continuar com 'olhar de paisagem', quando se der conta, não vai ter mais paisagem. Estou fazendo um filme sobre o ambiente; tem um personagem que se chama Dr. Estátua: ele fica parado o tempo todo e não ajuda em nada."
SOFIA SALES, 12, de São Paulo (SP)

É MUITA LUZ!
"Tinha medo do escuro, por isso dormia com a luz do banheiro acesa. Aí eu pensei: 'Não vai dar certo, é muita luz!'. E agora, mesmo com um pouquinho de medo, durmo com a luz apagada."
SOFIA FONSECA, 5, de São Paulo (SP)

SUCATA É BRINQUEDO
"Pego a sucata e construo brinquedos. Com rolo de papel higiênico, embalagem de pasta de dente e outras coisas, já fiz luneta, trenzinho e espada."
FERNANDO TARDIN, 6, de São Paulo (SP)

VOU DE BIKE
"Nos finais de semana, eu e meus pais usamos bicicleta em vez de carro. É muito mais divertido e não polui como o carro."
MANUELA CORRÊA FUREGADI, 9, de São Paulo (SP)

ÓLEO VIRA SABÃO
"Eu e alguns colegas coletamos óleo de cozinha para transformar em sabão, que é doado para comunidades. Na vila onde moro, tem um postinho de coleta de pilhas e baterias. Sempre coloco tudo lá, e eles vendem depois."
VINÍCIUS CARVALHO, 10, de São Paulo (SP)





EDUARDO BAZÉM


Eduardo Bazém é um ambientalista de mão cheia e boa cepa, daqueles que fazem a diferença pelo trabalho realizado ao longo da vida. Já foi tema de uma bela matéria do Globo Ecologia mostrando sua luta pela defesa dos Muriquis no estado de Minas Gerais.
Ele nos manda agora uma matéria publicada no Jornal Intagração, de Campinas, focando suas ações em prol do meio ambiente e onde saiu uma foto dele usando a camiseta da RPPN Rio das Lontras. Uma grande honra para nós!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

HORA DE SANTA CATARINA

 

O apresentador e âncora da RBS TV Mario Motta é um dos mais respeitados jornalista do sul do país e sermos citados por ele em sua coluna no Jornal Hora de Santa Catarina é mais que uma honra, é um respeitável incentivo.

sábado, 10 de abril de 2010

AÇÃO

Serginho Groisman entrevista Beto Mesquita no Programa Ação, da Rede Globo



Preservação da Mata Atlântica:

A Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados do planeta. No Brasil restam menos de 10% de cobertura original. O instituto Bioatlântica mantém projetos para desacelerar essa triste estatística.
“A missão principal é a conservação e restauração de Mata Atlântica. Nós temos o programa de Corredor Central de Mata Atlântica, o programa na região onde nós estamos, o programa da Serra do Mar, o programa Marinho e o programa na Bacia do Rio Doce”, conta Christiane Holvorcem, coordenadora do programa Corredor Central da Mata Atlântica do Ibio.

A Mata Atlântica se estende do Rio Grande do Sul ao sul da Bahia. Essa área fica no corredor central, na Bahia. A recuperação da floresta recebe a ajuda de vários parceiros.

“Desde que foi fundado, o grupo ambiental Natureza é Bela, a gente passou a ter uma parceria com o Ibio, com a Cooplantar e outras organizações, e começamos a desenvolver esse projeto de fazer mudas nativas para reflorestar principalmente o rio Caraíva, que é aqui próximo e estava sendo devastado”, diz Claudio Ambrosini, viveirista.

A criação de uma cooperativa em Nova Caraíva garantiu trabalho aos moradores e reforçou o time de restauradores da floresta: “São 40 e poucos cooperados, hoje não são todos que estão na função porque Caraíva tem outras atividades na época de temporada”, conta José Dilson Dias, presidente da Cooplantar.

O viveiro fica na cidade de Itabela. São produzidas 100 mil mudas de 80 espécies.

“Eu vou na mata, observo onde está a semente na árvore, subo na árvore, retiro a semente e trago até o viveiro. No viveiro ela é beneficiada e depois enviveirada pra ir para as sacolas”, diz Davi Sousa, jardineiro.

As mudas são separadas em dois grupos antes de seguir para o campo. “É um método onde a gente separa as espécies entre preenchimento e diversidade, são grupos de plantio. As espécies de preenchimento têm o crescimento mais rápido e protegem as espécies de diversidade. O plantio é feito de forma intercalada. A floresta cresce equilibrada”, explica Alessandro Moraes, técnico ambiental do instituto Bioatlântica.

Dílson Sena, técnico ambiental do Ibio explica as orientações dos técnicos sobre as espécies de diversidade e de preenchimento: “O espaçamento que a gente vem utilizando é um espaçamento três por dois e dão 1.667 mudas por hectar”.

“As propriedades particulares precisam por lei ter sua reserva legal averbada. No caso da Mata Atlântica são 20%. Elas precisam ter suas áreas de APP, ou seja, as áreas ao longo dos córregos da água dos rios, das suas nascentes preservadas, então essas propriedade são nosso foco de ação”, diz Christiane.

“Primeiro lugar é um meio de trabalho pra gente e também só está recuperando o meio ambiente novamente, recuperando as matas. É um grande prazer fazer parceria desse trabalho”, diz Ananias Costa Filho, associado da Cooplantar.

“Então aqui a gente está vendo uma área com um ano de plantio, que foi feito o plantio em fevereiro de 2009 e já foram feitas três manutenções para limpar a área do mato e favorecer o crescimento das plantas. Foi feito a adubação, roçada, aplicação de herbicida”, acrescenta Alessandro.

Seu Nivaldo Pianizoli é um proprietário rural consciente: “Eu cheguei aqui em 1985. Era tudo floresta, não tinha onde fazer uma casa para se morar, então fui ao meio ambiente, ao Eunps, fiz o desmate e consegui a licença pra tirar a madeira de toras, só na chapada. Sabia que tinha que preservar as nossas nascentes dos nossos rios, já deixei até mais de 20% em floresta que é essa que nós estamos aqui dentro dela agora e as áreas de APP nas beiras dos rios também estão protegidas”.

“O projeto Mosaicos Sustentáveis visa manter as propriedades regularizadas do ponto de vista legal, ou seja, preservando a APP e também as áreas de reserva legal visando conexão corredores. Mas também permitir as propriedades ao uso múltiplo dessas suas terras", finaliza Christiane.

“Eu tenho café, tenho um pouco de gado, banana da terra e mamão”, conta seu Nivaldo. “Essa propriedade é tida como um exemplo de propriedade. Tem todas as questões legais regularizadas e os diferentes cultivos na propriedade. Então nós temos uma parceria com esse proprietário nos sentido de que ele nos ajude como multiplicador desse exemplo mantendo as suas áreas”.