Páginas

sábado, 14 de março de 2009

PLANO DE MANEJO - HERPETOFAUNA RPPN RIO DAS LONTRAS


Hora de conhecer os anfíbios nas pesquisas para o Plano de Manejo da RPPN Rio das Lontras.
A responsável pelo estudo da herpetofauna é a bióloga Fabiana Dallacorte, que possui graduação em Bacharelado e Licenciatura em Ciencias Biológicas e mestranda em Engenharia Ambiental pela Universidade Regional de Blumenau - FURB.

O trabalho visou o diagnóstico da Herpetofauna na RPPN Rio das Lontras, com o objetivo de conhecer a ecologia e a conservação das espécies ocorrentes e assim garantir um futuro estável das populações bióticas locais e conseqüentemente traçar os planos de conservação da área.

Os anfíbios foram amostrados através da visualização direta, da vocalização que foi gravada a partir de gravador e microfone digital. A identificação das espécies foi realizada com auxílio de chaves de identificação e pranchas, através de fotografia e taxonomia. As vocalizações serão gravadas, para comparação com gravações de outros estudos (Heyer et al. 1990, Kwet e Di-Bernardo, 1999). Já a coleta de répteis consistiu de visualização direta e procura com auxílio de ganchos em baixo de pedras, troncos caídos e serrapilheira.

Foram diagnosticadas 18 espécies de anfíbios anuros e 01 espécie de lagarto:


Família/Espécie
Brachycephalidae:

Haddadus binotatus
Ischnocnema henselli

Leptodactylidae:
Leptodactylus ocellatus
Leptodactylus aff. nana
Leptodactylus gracilis
Leiuperidae:

Physalaemus nanus
Physalaemus cuvieri
Bufonidae:

Rhinella abei
Hylidae:
Hypsiboas bischoffi
Hypsiboas faber
Hypsiboas semilineatus
Dendropsophus minutus
Scinax aff. alter
Scinax perereca
Aplastodiscus cochranae

Bokermanohyla hylax
Trachycephalus mesophaeus
Centrolenidae:
H.uranoscopum

Squamata - Répteis
Squamata - Lagartos
Teiidae:

Tupinambis merianae

Aplastodiscus cochranae
Scinax aff. alter
Leptodactylus aff. nana
Ischnochnema henselii
Rhinela icterica
Pressões e ameaças

Estes grupos animais, Amphibia e Reptilia são importantes indicadores de perturbações ambientais e suscetíveis às alterações de hábitats, constituem-se por grupos com alto grau de endemismo.

Os anfíbios são especialmente suscetíveis a alterações ambientais, pois sua pele tipicamente desnuda e permeável os torna altamente vulneráveis a contaminantes químicos e radiação. Além disso, o estilo de vida de muitas espécies exige a manutenção de hábitats aquáticos e terrestres em condições satisfatórias.

É muito provável que diversas espécies de anuros da Mata Atlântica tenham sido extintas antes que um herpetólogo pudesse ter acesso a alguns exemplares. Aparentemente a vulnerabilidade de diversas espécies é decorrente do seu elevado grau de endemismo, o que é mais evidente para as formas da Mata Atlântica, bem como dos seus modos reprodutivos especializados, o que é mais comum para os anuros de florestas úmidas.


*Plano de Manejo da RPPN Rio das Lontras:

Apoio:

Fotos: Fabiana Dallacorte/arquivo RPPN Rio das Lontras

*O Plano de Manejo é um documento técnico que, usando como base os objetivos gerais de uma Unidade de Conservação, estabelece o seu zoneamento e as normas que devem nortear e regular o uso que se faz da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implementação das estruturas físicas necessárias à gestão da área protegida.