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domingo, 31 de março de 2013

OLHOS NOS OLHOS

Fotógrafo revela cores e desenhos em detalhes de aranhas saltadoras
 
 
 
O fotógrafo norte-americano Thomas Shahan é um especialista em macrofotografia, técnica que usa lentes especiais para registrar detalhes que não são vistos a olho nu.

A técnica permitiu que o fotógrafo capturasse nuances de aranhas saltadoras do Estado norte-americano do Arizona.

"A verdadeira emoção vem não apenas do registro dos seus comportamentos, mas de observar a imensa variedade e beleza de suas marcas faciais."

As saltadoras registradas por ele representaram um desafio extra, já que muitas tem seus corpos cobertos por manchas pretas e marrons e vivem em terrenos arenoso e rochosos, fazendo com que elas se tornassem quase ''invisíveis''.

Shahan se disse particularmente fascinado com o ritual de acasalamento desses animais, que ele descreve como ''complexas danças''.
 

Pesquisadoras do Laboratório Elias investigaram adaptações de comunicação e comportamentais das aranhas, inclusive aquelas ligadas à seleção sexual. Nesta ocasião, a equipe estudava o comportamento de acasalamento da família da aranha saltitante (salticidae), como essa aranha "Habronattus virgulatus" - Thomas Shahan

As salticidae - em especial, as espécies "habronattus" - muitas vezes seguem complexos rituais de acasalamento, que envolvem movimentos rápidos das pernas e dos palpos. Shahan descreve o processo como sendo ""complexas danças"", como o da "Habronattus pugilis", mostrada acima. Uma coisa "muito selvagem", diz o fotógrafo Thomas Shahan
 
Uma série de aranhas "habronattus", como a fêmea exibida acima, foram recolhidas nas montanhas de Santa Rita, ao sul de Tucson, no Estado norte-americano do Arizona. As imagens de Shahan foram feitas usando uma Pentax K-x, tubos de extensão e uma lente invertida de 50 milímetros - Thomas Shahan
 
Pesquisas genéticas adicionais serão necessárias para determinar se a aranha é um híbrido irregular ou uma espécie nova. Shahan comenta que "a verdadeira emoção vem não apenas do registro do seu comportamento, mas de observar a imensa variedade e beleza de suas marcas faciais" / Thomas Shahan

Encontrar as pequenas aranhas não foi uma tarefa fácil. De acordo com Shahan, "estas aranhas são muito difíceis de detectar. Elas costumam ter manchas marrons e pretas e costumam ficar em áreas arenosas e rochosas, o que faz com que sejam quase invisíveis" - Thomas Shahan
 
O fotógrafo comenta que considera "as aranhas saltadoras uma fonte para gerar admiração pelas aranhas, já que são animais coloridos, ornamentados e belos, que fazem com que muitos as considerem atraentes. Eu amo as "salticidae" - e simplesmente quero que mais pessoas as amem também" - Thomas Shahan



domingo, 10 de março de 2013

IMPOTÊNCIA HUMANA

Poluente que afeta lontra prejudica fertilidade masculina humana
 
Laura Rauch/AFP
Poluentes químicos que causaram a diminuição dos pênis das lontras podem deixar homens impotentes, diz pesquisa britânica
 
Poluentes químicos jogados nos rios do Reino Unido estão afetando seriamente a reprodução das lontras, indica longo estudo feito na Universidade de Cardiff, na Inglaterra. Biólogos detectaram aumento de cistos no canal que carrega o esperma, má formação nos testículos, além da diminuição do tamanho dos pênis dos machos.

A pesquisa sugere que os problemas detectados na espécie pode afetar também a saúde sexual dos homens, causando a redução da contagem de esperma, tumores nos testículos e até impotência.

"Essas descobertas nos animais ressaltam que é hora de acabar com a complacência sobre os efeitos de poluentes na saúde reprodutiva masculina", ressalta comunicado do projeto de Lontras da Universidade.

"Os efeitos reportados nas lontras podem ser causados pelos mesmos produtos químicos suspeitos de causar câncer nos testículos e redução da contagem de esperma de humanos, o que afeta a reprodução masculina."

As biólogas Elizabeth Chadwick e Eleanor Kean, autoras do estudo, afirmam que veem relação entre os desreguladores endócrinos (substâncias químicas com propriedades que desequilibram o sistema endócrino de um organismo intacto e sua descendência) achados nas águas da costa britânica e os problemas de impotência dos homens.

De acordo com Sbem-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo), cerca de "11 milhões de desreguladores endócrinos são produzidos mundialmente, alguns dos quais o ser humano tem contato diário, por meio da contaminação de alimentos, da poluição do ar ou da água".