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sábado, 8 de novembro de 2008

MODELO ECOLÓGICA

Talita Alink, é membro do grupo Green Models. Foto: Divulgação


Modelo ecológica põe sua imagem a serviço do meio ambiente
Talita Alink tem 17 anos e desde os 12 se preocupa com o planeta.

Dennis Barbosa
Do Globo Amazônia, em São Paulo


Ela tem apenas 17 anos, mas já tomou uma decisão: sua carreira será orientada a divulgar a necessidade de se proteger o meio ambiente. Por causa disso, a jovem modelo Talita Alink, natural de Petrópolis (RJ), se define como uma “eco-modelo”.


Ainda este mês, ela estará na Califórnia para participar de um evento com governadores americanos , representando o projeto Green Models, que nomeia embaixadoras para diversas bandeiras ambientalistas. Sua criação foi em janeiro de 2008 e hoje o grupo conta com Adriana Lima, Naomi Campbell, Raica Oliveira, Priscila Fantin e Natalia Anderle entre seus membros, segundo os organizadores.

Globo Amazônia: O que será a reunião de que você participará este mês na Califórnia?
Talita: Estarei em Beverly Hills para participar de um evento sobre o clima global idealizado por Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, que contará com a presença dos 50 governadores americanos, além de líderes de governo e corporações. No dia 18, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, fará uma palestra e se encontrará com Schwarzenegger para a assinatura de um acordo bilateral para a difusão da energia renovável.

Globo Amazônia: Você acompanha o desmatamento na Amazônia?
Talita: Sim, e me atualizo sempre que recebo algum alerta sobre o assunto. É incrível o efeito das ações inconseqüentes dos seres humanos. Nos EUA por exemplo, 95% das florestas ancestrais já desapareceram.

Globo Amazônia: O que define uma eco-modelo e a diferencia da modelo comum?
Talita: O que define um eco-humano é o desenvolvimento de sua consciência ambiental. Então podemos dizer que vale para qualquer segmento, como modelos, professores etc. Eu, por exemplo, sou uma pessoa comum, com uma vida comum, porém tenho hábitos diários que me diferenciam: como alimentos orgânicos, uso água de forma racional e adoro andar de bicicleta seja para onde for - para o mercado, padaria ou na orla da praia.

Globo Amazônia: Como virou uma eco-modelo?
Talita: Eu tinha 12 anos quando escolhi fazer um trabalho sobre o meio ambiente numa feira de ciências do colégio. O convite para ser modelo veio de um grande amigo, que hoje é meu agente, Pierre Thomé de Souza, que percebeu este meu lado ecológico. Ele me apresentou ao Mario Garnero, presidente da Associação das Nações Unidas-Brasil (Anubra), e do grupo Brasilinvest.

Como eles estavam criando o projeto Green Models, que tem a modelo Adriana Lima como primeira membro-fundadora, acabei sendo convidada para ser embaixadora da Anubra para o Meio Ambiente e Aquecimento Global.



Globo Amazônia: Seus pais não gostavam da idéia de você ser modelo. Agora eles já lidam bem com o fato? Utilizar seu trabalho para divulgar a conservação da natureza os ajuda a aceitar?
Talita: No começo foi bem difícil, pois venho de uma família evangélica. O fato de as modelos trabalharem com a imagem e corpo não é aceito pelo padrão de vida evangélico. Foi um processo que tivemos que explicar de forma clara, para que eles pudessem entender o que faríamos e os benefícios destas ações para o meio ambiente.

Globo Amazônia: Você usa roupas ecologicamente corretas?
Talita: Tenho algumas peças interessantes feitas por uma grande amiga e designer, Barbara Casassola. Pretendo criar uma marca especializada em moda sustentável, com coleções feitas com fibras ecológicas, tecidos orgânicos e materiais reciclados, sem utilizar recursos que afetam o meio ambiente.

Globo Amazônia: Aceitaria tirar fotos com um casaco de pele?
Talita: Definitivamente não. Por motivos pessoais e por saber que são provenientes de animais que muitas vezes são mal-tratados.