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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

APOIO ÀS RPPNs

Governo de SP pagará R$ 4 mi a 12 reservas particulares
 
José Maria Tomazela | Agência Estado
 
 
 
A RPPN Fazenda Renópolis, com 92,5 hectares, de Santo Antonio do Pinhal, é uma das contempladas.
 
 
O governo estadual vai distribuir R$ 4 milhões para ajudar os proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) do Estado de São Paulo a conservar a diversidade biológica dessas áreas. A verba será destinada a doze RPPNs que passaram num processo de seleção e, juntas, somam 1,4 mil hectares. A relação foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira, 04. O rateio do recurso levará em conta a classificação da reserva, o tamanho da área e o projeto a ser executado. É a primeira vez que o Estado ajuda financeiramente as áreas de interesse ambiental nas mãos de particulares. Entre as reservas classificadas estão RPPNs estaduais, vinculadas à Fundação Florestal, e federais, sob a gestão do Instituto Chico Mendes (ICMbio). A melhor pontuada na classificação é a Fazenda Renópolis, com 92,5 hectares, em Santo Antonio do Pinhal, seguida pela reserva Rio dos Pilões, com 407 hectares, em Santa Isabel, e do Sítio Manacá, de 25 hectares, em Guaratinguetá. A quarta colocada, Pedra da Mina, em Queluz, é também a maior, com 632,8 hectares, e a de criação mais recente, preservando o ponto mais alto do Estado de São Paulo, na Serra da Mantiqueira.
 
De acordo com o assessor técnico da Secretaria do Meio Ambiente, Daniel Ramalho, o objetivo é estimular os donos das terras a conservar o patrimônio natural. "É uma contrapartida aos serviços ambientais que eles prestam ao Estado todo, conservando matas, rios, habitat de fauna, formações geológicas e cenários naturais incomuns." Cada unidade vai apresentar um plano de ação de acordo com as necessidades maiores da área. "Podem ser projetos de proteção contra invasores, controle de espécies indesejáveis, reprodução da fauna, enfim, propostas para melhorar as condições da reserva."
 
Os planos devem ser executados em cinco anos e os recursos serão liberados em parcelas anuais. O recurso, do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop), está reservado. Na primeira chamada, foram atendidas apenas as reservas de pessoas físicas - as outras são Fazenda Bela Aurora (Cruzeiro), Estância Jatobá (Jaguariúna), Toca da Paca (Guatapará), Meandros II (Ibiúna), Amadeu Botelho (Jaú), Meandros III (Ibiúna), Serra do Itatins (Iguape) e Águas Claras (São Luiz do Paraitinga). Num segundo momento, conforme Ramalho, serão incluídas as RPPNs mantidas por pessoas jurídicas. O Estado de São Paulo tem 72 RPPNs, sendo 40 do Instituto Chico Mendes e 32 da Fundação Florestal.
 
 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

AMBIENTALISTAS NA MIRA

Caçador agride ambientalistas com arma de fogo
 
Silvia Marcuzzo
Caçador saindo de traz do palmiteiro com a arma apontada para Wigold. Foto: Wigold B. Schaffer.

“O que acontece, quando no meio da mata, por detrás dos arbustos, não é um bicho que aparece, mas sim um caçador camuflado e armado, que vem em sua direção com um rifle com mira telescópica apontado diretamente pra você? Pode acontecer um tiro de raspão na mão, por conta do reflexo de defesa da pessoa, mas pode acontecer o pior, que é o que via de regra acaba acontecendo, quando o alvo é um animal”.

Wigold B. Schaffer e Miriam Prochnow, Conselheiros da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), formam vítimas de agressão e ficaram reféns sob a mira de arma de fogo e ameaça de morte por mais de 30 minutos, neste domingo dia 04/08/2013, quando faziam um passeio pela mata de sua propriedade em Atalanta/SC. Saíram de sua casa por volta das 10 horas em companhia de sua filha Gabriela para dar uma caminhada no meio da mata e fazer fotos da flora e fauna. A caminhada transcorria tranquíla e alegre com muitas fotos de pássaros até que, por volta das 10:30h em meio a uma pequena trilha foram atacados de surpresa por um caçador.

Wigold conta que o homem surgiu de repente, com vestimenta camuflada da cabeça aos pés, empunhando uma arma de fogo dessas que utilizam um “pente” de munição e mira telescópica. “Ao perceber algo se movimentando atrás de uns palmiteiros jovens inicialmente pensei tratar-se de algum animal e comecei a fotografar, segundos depois surge o caçador vindo em minha direção com o dedo no gatilho e a arma apontada diretamente para mim”, relata Wigold. Por instinto de fotógrafo, Wigold conta que continuou fotografando a aproximação do agressor e gritou por socorro, já que sua esposa Miriam e sua filha Gabriela vinham uns 50 metros atrás. “O agressor não parou, veio direto em minha direção com a arma apontada, até quase encostar o cano em meu rosto, aí ele tentou arrancar a câmera fotográfica de minhas mãos, nesse momento, num gesto de desespero e reflexo segurei o cano da arma e o desviei do meu corpo, foi quando ele puxou o gatilho e atirou, o tiro passou muito perto do meu peito” conta Wigold.

Após o disparo, Wigold conta que continuou segurando o cano da arma com as duas mãos enquanto o caçador tentava novamente virar o cano e apontar em sua direção, como não obteve êxito passou a agredir violentamente a vítima com chutes, coronhadas e até com a própria máquina fotográfica, que se partiu quando o agressor a bateu na cabeça da vítima.

As agressões foram interrompidas alguns minutos mais tarde com a chegada de Miriam, que estava um pouco atrás. “Ao ouvir o grito de socorro do Wigold e em seguida o disparo da arma, imediatamente pedi que a minha filha Gabriela corresse até em casa e chamasse a polícia, relatou Miriam. Ela também relata que ao chegar perto do local viu o Wigold deitado no chão e o homem batendo nele com a coronha da arma: “Enquanto me aproximava fui tirando fotos para registrar a agressão e ao mesmo tempo reconheci o agressor e o chamei pelo nome”. Ao perceber a aproximação da Miriam e ver que ela também estava registrando o que acontecia, o agressor parou de espancar o Wigold e passou agredir a Miriam na tentativa de também lhe tirar a câmera fotográfica.

Os 2 ambientalistas ficaram ainda por mais de 20 minutos sob a mira da arma do caçador, que sob ameaça queria lhes tirar as câmeras fotográficas. A situação só parou quando Miriam anunciou que a polícia já deveria estar chegando pois a Gabriela saíra em busca de socorro logo após o disparo da arma. Pouco depois, o homem se afastou caminhando de costas, sempre com a arma apontada em direção ao casal, até se embrenhar na mata.

Os ambientalistas Wigold e Miriam, nascidos na região do Alto Vale do Itajaí, tem destacada atuação em defesa da Mata Atlântica. O casal voltou para Atalanta depois de 14 anos trabalhando em Brasília. Wigold trabalhou por mais de 13 anos no Ministério do Meio Ambiente e Miriam fortaleceu a atuação da Apremavi em colegiados de âmbito nacional, como a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), onde foi Coordenadora Geral. Hoje é Secretária Executiva do Diálogo Florestal Brasileiro e conselheira do Diálogo Florestal Internacional. Os dois são fundadores da Apremavi, que completou 26 anos este ano.

A situação vivida pelos ambientalistas aponta na verdade para uma realidade ambiental grave no Alto Vale do Itajaí e outras regiões de Santa Catarina, que é a caça. A caça de animais nativos é proibida no Brasil, mas continua sendo praticada e com um agravante, ela está sendo praticada por jovens, com equipamentos cada vez mais sofisticados, que acabam não dando nenhuma chance de reação aos animais e também acabam provocando situações como a vivida no último domingo.

As vítimas já denunciaram as agressões junto às Polícias Civil, Militar e Ambiental, bem como ao Ministério Público Estadual e Federal. Nos próximos dias, a Apremavi, juntamente com outras instituições de Santa Catarina e do Brasil, estará deflagrando uma ampla campanha junto aos órgãos públicos para que estes realizem operações de fiscalização da caça, soltura de animais aprisionados e apreensão de armas na região.

Caçador agride Wigold, que está caído no chão.
Foto: Miriam Prochnow

Tentativa de negociação para que o caçador os deixasse ir embora, ambientalista com a mão ferida..
Foto: Miriam Prochnow 


Fonte: APREMAVI

 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

31 DE JANEIRO - DIA NACIONAL DAS RPPNs!

Lançamos em 21 de setembro de 2007 AQUI no blog da RPPN RIO DAS LONTRAS a proposta da criação do "Dia Nacional das RPPNs"- uma justa homenagem a essa importante categoria das unidades de conservação que protegem centenas de milhares de hectares em todos os biomas brasileiros.
Agora em 2013 divulgamos uma série de banners comemorativos mostrando um pouco do muito que se é protegido em perpetuidade por mais de mil RPPNs espalhadas por todos os cantos do Brasil.

Parabéns Reservas Particulares do Patrimônio Natural! Parabéns RPPNs!















quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O VALOR DA BIODIVERSIDADE

Grãos cuspidos por mamífero em fazenda no ES renderão café de R$ 900 o quilo

Divulgação/CulturaMix
Cuíca, o "bicho de bom gosto"

LUIZA FECAROTTA
ENVIADA ESPECIAL A PEDRA AZUL (ES) - FOLHA DE S. PAULO

À primeira vista, não dava para entender por que diabos aqueles grãos de café, meio gosmentos, surgiam amontoados sob as árvores - religiosamente, da noite para o dia.

Ao amanhecer, era sempre igual: os roceiros se enfiavam no meio do cafezal para fazer a colheita manual e davam de cara com uns grãos, já sem casca, sobre as folhas secas no chão. Algum animal ali da mata andava a chupar esses frutinhos adocicados.

Depois de muito fuçar, Rogério Lemke, o administrador da fazenda Camocim, na qual se espalham 120 mil pés de café em Pedra Azul, a 100 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo, matou a charada.

Eram cuícas, pequenos mamíferos silvestres, que guardam certa semelhança com um rato. Os bichos se penduram nos galhos mais baixos das árvores, à noite, para se alimentar da casca, da polpa e do mel do café. Escolhiam sempre os melhores frutos, como em uma "colheita seletiva".

Depois, as cuícas dispensavam os grãos, ainda com algum resquício do mel sobre o pergaminho (película entre a semente e a polpa). Para evitar prejuízo, com o desperdício de grãos, o carioca Henrique Sloper, dono da fazenda, resolveu recolher essas sementes "cuspidas".

A partir daí, como revela a Folha, Sloper decidiu fazer testes de secagem e torra para descobrir, na xícara, o que eles poderiam render.

Depois de um ano de avaliações, o café da cuíca deve ser lançado em novembro por pelo menos R$ 900, o quilo. Em média, um pacote de mesmo peso de um café especial custa R$ 60 - os grãos cuspidos pelo animal custarão, portanto, 14 vezes mais. Bicho sem carisma, a cuíca, quem diria, vale ouro.

Seu João Pagio Fiorezi, 61, fornece mudas de café há 25 anos para a fazenda Camocim, no Espírito Santo.


CAFÉ DE CUÍCA


Ilustrações/Sandro Castelli
Os pés de café ficam com os frutos maduros entre abril e setembro; começa a colheita


À noite, a cuíca escolhe as frutas mais maduras e chupa os grãos dos galhos mais baixos



Depois de chupar a fruta e engolir a casca, cospe as sementes em torno do pé de café



Esses grãos cuspidos são recolhidos manualmente todos os dias em meio à colheita habitual do cafezal


Os grãos são secos em terreiro suspenso de 5 a 12 dias, com umidade e temperatura controladas


Os grãos são estocados em tulhas com temperatura, umidade e luz controladas


A cada 15 dias, os grãos passam pelos testes de torra e prova 


 Depois de alcançar o ponto ideal de torra, são feitos testes de diferentes métodos de preparo da bebida


Definem-se o preço e a estratégia de lançamento no mercado


Seu João saltou do caminhão, adentrou o cafezal, aproximou-se de uma árvore em área mais reservada, ou seja, mais afastada de casas e estrada, e mais perto da mata. Agachou-se e abriu os galhos mais baixos para espiar.

"Esse é o café da cuíca", disse, pegando um punhado de grãos despolpados (sem casca nem polpa) nas mãos. Aquele café tinha cheiro forte, remetia à terra e ao universo animal - mas o odor não chegava a ser ruim. Os grãos estavam com uma gosma, ainda resquício do mel do café.


TÍMIDAS E CRITERIOSAS


Marcelo Justo/Folhapress
"Cuícas são incapazes de comer café verde ou estragado", diz especialista; colheita dos grãos cuspidos pelos animais é realizada manualmente por roceiros que se agacham junto aos pés de café e pegam grão por grão


E as cuícas? Não foram encontradas nem por decreto. Enfiam-se no meio da mata e ali ficam, escondidas.

São animais ariscos e noturnos, que gostam de comer somente os grãos adocicados, no ápice da maturidade.

"Elas têm um ótimo critério de seleção. São incapazes de comer café verde ou estragado", diz Evair de Melo, presidente da Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), que ajudou a desenvolver os cafés de jacu e cuíca na fazenda.

As cuícas surgem por ali aos montes porque a área é circundada de parques nacionais e mantém parte da mata nativa - à semelhança da cabruca, o sistema de plantio de cacau típico do sul da Bahia, que conserva a mata para sombrear os cacaueiros.

Na propriedade de produção orgânica, pipocam hortênsias arroxeadas, margaridas do mato amarelinhas, amarelinhas e pitangueiras carregadas de fruta.

A colheita desses grãos cuspidos pelas cuícas é trabalhosa, feita manualmente por roceiros que se agacham junto aos pés de café e pegam grão por grão acomodando-os em sacolas a tiracolo.

É fundamental que seja realizada regularmente para que os grãos não fermentem sobre o chão - é comum ficarem protegidas pelas folhas das árvores da mata ali conservada, que servem de adubo natural ao cafezal.

Os grãos colhidos são transportados para secar em um terreiro suspenso, protegido por estufa, com umidade e temperatura controladas. Depois, são separados de gravetos e afins manualmente e estocados na tulha para que descansem antes da torra.

Para chegar à xícara, passa por testes de perfis diferentes de torra, provas profissionais - quando o grão é moído grosso, entra em contato com a água quente e é sugado de forma a cair homogeneamente sobre a língua.


RAIO-X DA CUÍCA


Como é -> É um mamífero marsupial - como o canguru, as fêmeas são dotadas de uma bolsa chamada marsúpio, que contém as tetas e serve para carregar os filhotes

Onde vive É encontrado na região que vai do México à Argentina

Quanto mede -> Quando adulta, seu corpo pode alcançar cerca de 30 cm de comprimento

Que cor tem -> Seu dorso é cinza-escuro, e as partes inferiores, amarelo-clara e manchas da mesma cor acima dos olhos

O que come -> Animal onívoro que se alimenta de matéria vegetal e animal - metade da sua alimentação é de frutas.Tem entre 40 e 50 dentes


O JACU PIONEIRO


A cuíca não é, contudo, o primeiro animal a "participar" do processo de produção de cafés especiais no Brasil.

Quem emplacou de forma pioneira foi o jacu - ave robusta, com bico pronunciado e papo vermelho. Seu café foi vendido pela primeira vez em 2007, também pela fazenda Camocim. Atualmente, são produzidos 950 quilos por ano a R$ 450, o quilo.

Conhecido como "faisão brasileiro" e também semelhante a um urubu, esse animal era uma praga para a plantação de café.

"O jacu comia muito do meu café, dava o maior prejuízo", diz Henrique Sloper, dono da Camocim. "Muitos fazendeiros matavam o bicho, ficou quase extinto."

Inspirado no kopi luwac, o famoso café da Indonésia, cujos grãos são retirados das fezes da civeta (animal semelhante ao gambá) e que podem custar US$ 493, o quilo (cerca de R$ 1.000), o café de jacu surgiu para solucionar esse problema no cafezal.

"O que era uma praga virou fonte de um produto de alta qualidade", diz Sloper.

Tanto o jacu quanto a cuíca escolhem os frutos mais maduros e sem defeitos para se alimentar - por isso, geralmente, resultam em bebidas de doçura acentuada.


PREÇO


O fazendeiro vê nesses cafés exóticos uma grande fonte de lucro. Ao consumidor, resta a pergunta: vale mesmo pagar um valor tão alto?

Especialistas apontam pequenos problemas na primeira amostra, que podem ter sido gerados pela torra excessiva.

Sloper, por sua vez, diz que ainda fará ajustes nessa etapa para que possa extrair o melhor desses grãos, torná-los mais delicados e adequados para o preparo no coador, método que deixa suas características à mostra com mais clareza.

Espetacular na xícara ou apenas razoável, o café com a contribuição da cuíca conta uma boa história. Não tenha dúvida: isso também tem um custo.


QUANTO CUSTA O QUILO?


CUÍCA - R$ 900
Os grãos cuspidos pelo roedor são recolhidos manualmente do chão e secos em terreiro suspenso

JACU - R$ 450
Os frutos maduros comidos pela ave são liberados nas fezes, que não têm cheiro, e limpos manualmente

CAFÉ ESPECIAL - R$ 60
São cafés de qualidade superior à média, feitos só de grãos arábicas, com doçura e acidez equilibradas


SURGEM RESSALVAS À 1ª LEVA, PRODUTOR VAI MUDAR A TORRA


Marcelo Justo/Folhapress
Isabela Raposeiras não gostou da baixa acidez da 1ª amostra


Marcelo Justo/Folhapress
Marco Suplicy identificou uma nota vegetal, de mato


Marcelo Justo/Folhapress
Cecília Sanada acha que a "bebida não é acima da média"


Com a primeira amostra do café da cuíca, que não circulou comercialmente, a Folha convidou três experts para provar a bebida às cegas. Isabela Raposeiras, do Coffee Lab, Marco Suplicy, do Suplicy, e Cecília Sanada, do Octávio Café, aceitaram o desafio.

Fizeram provas informais com uma pequena quantidade de grãos. Ficaram de lado os protocolos rígidos de degustações profissionais - a ideia era somente colher primeiras impressões de especialistas.

Do balanço geral dessa primeira leva, surgiram três pontos de tangência: baixa acidez, doçura acentuada e torra um pouco exagerada.

Foram as mesmas conclusões a que o norte-americano Andrew Barnett e o holandês Willem Boot (ambos provadores profissionais) tinham chegado na última semana em prova acompanhada pela Folha na fazenda capixaba.


EXCESSO DE TORRA


Para Isabela Raposeiras o excesso de torra inibiu o potencial do café. "Esse café cru deve ser de qualidade, tem doçura elevada e é limpo. Mas a acidez é muito baixa [especialistas se referem à acidez como sinônimo de qualidade]."

Marco Suplicy achou a bebida "agradável", com "bom corpo" e "nota de mato". "Mas sinto uma aspereza, não é uma bebida nem mole, nem estritamente mole [as melhores categorias da bebida]."

Já Cecília Sanada diz que o café perde em aroma. "Não é acima da média." Por outro lado, chama a atenção para a doçura acentuada e para um "amargor que não chega a atrapalhar a bebida".

Segundo o fazendeiro Henrique Sloper, o lote que vai chegar ao mercado em novembro passará por ajustes de torra a fim de fique "mais delicado".


domingo, 10 de junho de 2012

FOTOS DO VIVA A MATA 2012

Chris viajou a convite da Fundação SOS Mata Atlântica até São Paulo para participar do maior evento em prol da Mata Atlântica , o Viva a Mata 2012. 

Na saída de Floripa, tempo chuvoso

Logo a Ilha de Santa Catarina vai mostrando um pouco de suas belezas

E vai ficando para trás, com a bela Lagoa do Peri - que lembra a forma de um coração - e a praia do Armação do Pântano do Sul, onde até o ano de 1982 matavam baleias e hoje é uma fonte de renda do ecoturismo

O tema do Viva a Mata 2012 foi "Nosso verde também depende do azul"

Chris levou a "bolinha azul", ou "Blue Marble"

Lá do alto um grande navio fica quase invisível em meio ao oceano

Algodão doce?

Praia Comprida. Hora de rumar para Sampa

Uma população tão grande como a de São Paulo necessita de (muita!) água, como a da represa Billings

Sério? É um rio mesmo?

A noite o lançamento do evento foi capitaneado pelo jornalista ambiental André Trigueiro, das Organizações Globo e Marcia Hirota, diretora da Fundação

Mariana Machado fala no encontro de proprietários de RPPN

Chris, Sonia Wiedmann e Mariana

Galera das RPPN: na linha de frente Beto, Deise e Mariana; atrás Carlos, Evandro e Sebastião 

O "Homem-PVC"

Belô Monteiro, Diretor de Mobilização da Fundação

Mario Mantovani no estande da Fundação SOS Mata Atlântica

Trocando figurinhas: Erika, Marcia e Chris

Chris e Simone posam para registro 

O belo documentário Mundo Selvagem foi exibido no estande para o público conhecer um pouco mais da biodiversidade de Santa Catarina

Eraldo, da RPPN El Nagual, do RJ

O guerreiro Ronaldo Santana, da RPPN Mãe da Mata, da Bahia

Carlos Simas, da RPPN Mitra do Bispo, de Minas Gerais

Proprietário da RPPN Lenke, Huarley Pratte Lemke, do Espírito Santo 

Pesquisadora do Atol das Rocas, Zélia Brito

O jantar sempre é uma boa hora para colocar as conversas em dia

Daniela, jornalista da REPAMS, Evandro, da RPPN Vagafogo e Sebastião da Associação Capixaba

Reunião da Confederação Nacional das RPPNs, presidida por Ana Maria Juliano

Daniel, da FREPESP; Beto da Conservação Internacional; Chris e Enderson da Ojidos & Marinho

A Oficina promovida pela RPPN Rio das Lontras agitando o estande das Áreas Protegidas

Chris arrumou um tempo para prestigiar o criador da logomarca da RPPN Rio das Lontras, o genial Ziraldo Alves Pinto

E no Ibirapuera um registro de uma flor aqui...

... e outra ali

O balão da WWF anuncia a mobilização do "Veta, Dilma!"

Galera unida em prol das...

...nossas florestas

E de nossos mares

O almoço da despedida do evento

E a volta para casa

A galera recebeu a Chris com festa! VIVA A CHRIS! :)