Na fachada da escola em Angelina, flores, uma ou outra árvore, algumas exóticas...
E no galho de um pinheiro, algo chama a atenção.
Um ninho. E algum movimento.
Do lado do pinheiro, um pau-brasil. E no ninho, filhotes.
Três lindos filhotes.
Pintadinhos, camuflados e frágeis. Sobreviveram a uma forte tempestade de granizos e também de um bando de moleques que tentaram derrubar o ninho e foram salvos pela professora que viu o absurdo.
Mas contam com a vigilância e proteção integral dos pais.
A tesourinha fica de olho em possíveis predadores.
Faz barulho e simula ataque a qualquer um que se aproxime do ninho.
Como notas musicais em partituras, entoam seu canto e fazem sua parte. Tomara a humanidade não atrapalhe o curso da vida.
NOTA DO BLOG: Hoje, dia 26 de dezembro de 2011 os três filhotes bateram asas e saíram do ninho. Boa sorte e voltem sempre!
Tesourinha:
Também conhecida como tesoura, tesoureira e tesourinha-do-campo. A tesourinha é um ave passeriforme da família Tyrannidae. Migrante inconfundível, onde passa em grupos de até centenas de indivíduos, em concentrações típicas nos meses de setembro e outubro. Dormem em uma mesma árvore ou árvores próximas quando estão migrando, seja em áreas naturais, seja em áreas urbanas.
Características:
Apesar de não ser colorida, a leveza e graça do vôo, bem como a distribuição de cores são muito chamativas. O capuz é negro e apresenta no meio do píleo uma coloração amarela, na maioria das vezes escondido, distingui-se contra a gargantas e partes inferiores brancas. Dorso cinza uniforme, com destaque para a longa cauda. Mais comprida nos machos, diferença visível quando as aves estão próximas, é maior do que o próprio corpo. O formato de origina os nomes comuns. Há um discreto dimorfismo sexual (termo usado para designar diferenças na aparência de machos e fêmeas), sendo que os machos possuem um prolongamento grande da cauda, especialmente das duas penas mais externas. Sua voz, com as cerimônias: “tzig” (chamada), seqüência apressada “tzig-tzig-zizizi…ag, ag, ag, ag” (canto) que emite pousado ou em vôo, deixando-se cair em espiral, com a cauda largamente aberta e a posição das asas lembrando um para-quedas.
Alimentação:
Hábitos como o do suiriri, com grande consumo de frutos no período de migração. Dispersa os frutos da erva-de-passarinho no cerrado, com sua característica semente onde um pé adesivo ressalta-se. A polpa envolvente é uma das fontes principais de abastecimento na migração para o norte, mas como não ingere a semente, limpa o bico nos galhos, deixando presa a semente da próxima erva-de-passarinho. Frutos podem ser vistos em fios e arames, resultado dessa limpeza do bico.Em vôo, consegue uma enorme destreza, alterando direção com facilidade, em perseguições mútuas ou à presa (insetos).
Reprodução:
Os filhotes nascem no final do ano e em fevereiro/março voam para o norte, no segundo grande movimento de migração da espécie. Todas dirigem-se para a parte norte do continente, onde irão passar o outono/inverno austrais. O casal constrói um ninho ralo de gravetos porcamente amontoados. É comum os filhotes e ovos serem derrubados pelo vento. Os pais se revezam na criação dos filhotes.
Hábitos:
Apesar de migrarem em grupos, em setembro os machos já estão exibindo seu característico vôo territorial, pairando em espirais com asas e cauda abertos, ao mesmo tempo em que emite o canto longo e rápido, terminado com três ou quatro notas mais espaçadas. Localmente, procuram as áreas abertas, como os cerrados (daí a razão do savana em seu nome científico), pastagens e áreas de cultura, onde ficam pousadas em mourões de cerca, postes, fios e árvores isoladas. Também podem procurar as matas, ou até mesmo cidades.
Distribuição Geográfica:
Talvez poucas aves conheçam melhor a América do Sul do que a tesourinha. Existem tesourinhas que vivem no sul (Argentina, Paraguai e extremo sul do Brasil), em várias outras partes do Brasil, no Caribe e no sul do México. Depois do verão, as tesourinhas migram aos milhares para a região da Amazônia, onde permanecem até o inverno acabar. No início da primavera, cada uma volta para a sua região de origem, onde vão reproduzir, criar os filhotes e começar tudo novamente no ano seguinte. Assim, as tesourinhas são muito abundantes nas regiões onde vivem, mas apenas em algumas épocas do ano. Em outras, desaparecem completamente.
Fotos: Fernando José Pimentel Teixeira / arquivo pessoal RPPN Rio das Lontras
Fonte: Wikiaves
