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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Palestra Luis Nassif



Luis Nassif na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, no Programa Brasil em Debate.

Nessa última quarta-feira, dia 23, descemos runo Floripa para assistirmos mais uma palestra do Programa Brasil em Debate, realizado pela ALESC. Dessa vez o palestrante foi o jornalista econômico Luis Nassif.
Tive a oportunidade de perguntar a ele o que achava das análises feitas pelo economista Hugo Penteado, que propõe novas abordagens relacionando economia e meio ambiente de maneira indissossiáveis. Nassif respondeu que esse realmente é o caminho e que o Brasil tem o grande diferencial frente aos outros países as suas riquezas naturais. Porém, de maneira mais informal, "em off", ele disse ser contra a criação de grandes áreas de preservação sem a possibilidade de exploração econômica - opinião que discordamos amplamente. Mas ele também falou da importância dos blogs e trocou os endereços das páginas da filha dele Beatriz Nassif, de 9 anos, o Blog da Bibi com o blog Pitaquinhos da Fernanda, da nossa Fernandinha.
Para conhecer o blod do Luis Nassif, clique aqui.

A bela iniciativa da ALESC tem proporcionado palestras das mais interessantes para um público cada vez mais participativo e tomara o evento tenha vida longa, colaborando com a cultura e o exercício pleno da democracia em Santa Catarina.


Nassif faz sua palestra enquanto vou rascunhando uma pergunta na platéia.
O Brasil em Debate na Assembléia Legislativa

Luis Nassif diz que acredita no sucesso do país

Referência do jornalismo econômico brasileiro, ele afirma: “A grande passagem do Brasil para o primeiro mundo vai ser por meio das políticas sociais. Não tem governo que mude isso”.

Luis Nassif foi o palestrante do segundo encontro do programa O Brasil em Debate na Assembléia Legislativa, ontem à noite (23), no Auditório Antonieta de Barros. Com o tema “O Brasil no mapa da economia mundial”, o jornalista deu um parecer sobre a atual situação econômica do país, fazendo uma retrospectiva histórica.
Para o jornalista, o Brasil vem perdendo oportunidades desde o início da República. Mesmo afirmando que a Constituição de 1988 impulsionou o país para a modernidade, acredita que faltou visão política e estratégica aos governantes. “O Plano Real foi a maior chance de o Brasil virar uma potência.” Entretanto, afirma que houve um certo descaso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em relação à falta de inflação com a possível emergência das populações de classes D e E para classes de consumo.

Otimista, Luis Nassif ainda acredita no país, principalmente depois do governo Lula, que diz ser voltado ao social. “As duas ferramentas que impulsionam o crescimento econômico brasileiro são o Bolsa Família e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, defende. Para ele, “a grande passagem do Brasil para o primeiro mundo são as políticas sociais. Não tem governo que mude isso”.

O jornalista também tem esperança quanto à posição econômica brasileira. “Do ponto de vista estratégico, o Brasil caminha para o sucesso”, acredita. Ele defende que o grande capital do país, hoje, é o ambiental. “O Brasil é uma potência emergente onde se tem o controle do meio ambiente”, completa. Quanto à recente inflação e aos aumentos de juros ditados pelos Banco Central, afirma que é resultado de um pensamento monofásico. “Isso só existe na economia brasileira“, desabafa.
Além de ícone do jornalismo econômico, Luis Nassif também é autor de uma série de denúncias dos bastidores da revista Veja desde 2007. Para ele, o problema não é o fato de a revista ser tendenciosa, mas de ter perdido o limite da legalidade. “É o pior jornalismo que já vi em 38 anos de carreira”, acredita.
O jornalista foi recepcionado na Casa pelo presidente do Parlamento, deputado Julio Garcia (DEM), e pelo presidente da Casa do Jornalista, Ademir Arnon, além de parlamentares e alguns jornalistas. Numa conversa descontraída no gabinete da presidência da Casa, Nassif contou que é um grande admirador de blogs por estes socializarem a informação numa velocidade inexplicável. “Desde o começo tive preocupação em moderar meu blog para que não houvesse clima de briga ou grandes exaltações”, acrescenta.

Quem é Luis Nassif:
Introdutor do jornalismo de serviços e do jornalismo eletrônico no país, Luis Nassif começou sua carreira profissional como estagiário da revista Veja em 1970. Quatro anos depois, tornou-se repórter de Economia da mesma revista. Em 1975, ficou responsável pelo caderno de finanças.
Foi para o Jornal da Tarde em 1979 como pauteiro e chefe de reportagem de Economia. Lá, criou a seção "Seu Dinheiro" e o caderno "Jornal do Carro". Mudou para a Folha de S. Paulo, em 1983, onde criou a seção "Dinheiro Vivo" e o projeto do Datafolha. Em 1985, criou o programa "Dinheiro Vivo", na TV Gazeta de São Paulo. A partir do programa nasceu a Agência Dinheiro Vivo, primeira empresa jornalística do país a trabalhar com informações em tempo real, em 1987. Na Folha também foi colunista de economia e membro do conselho editorial. Iniciou em 2007 uma série sobre os bastidores da Veja, em que critica, sob sua ótica, o jornalismo da revista nos últimos anos.
Versátil, Nassif também é cronista, escritor e músico. O livro "Menino de São Benedito e outras crônicas" foi finalista do Prêmio Jabuti de 2003 na Categoria Contos/Crônica. Como músico lançou o CD "Roda de Choro", solando bandolim, semi-finalista do Prêmio Sharp de Música Instrumental, em 1995.

Prêmios:
- Prêmio Esso, categoria principal, com a série de reportagens sobre o Plano Cruzado, em 1986.
- Prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita, do site Comunique-se, em 2003 e 2005, em eleição direta da categoria.

Obras:
O Menino do São Benedito e Outras Crônicas - 126 crônicas com as reminiscências e impressões pessoais de Nassif sobre diversos temas, como a infância em Poço de Caldas, MPB, esporte e o país.
O Jornalismo dos Anos 90 - analisa a cobertura da imprensa em diversos episódios como o impeachment de Fernando Collor, o Caso da Escola Base, o do Bar Bodega e outros.
Os Cabeças-de-Planilha - analisa a economia nos governos de FHC e traça um paralelo entre a Política do Encilhamento de Rui Barbosa e o Plano Real.
Fonte: Evelise Nunes / Divulgação Alesc








Fotos: ALESC
Agradecimentos: Artemio Kammers

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Façam esse vídeo ter eco pelo mundo

Esse vídeo é de uma menina canadense discursando na ECO 92.
Apesar de já ter 16 anos, ele é extremamente atual e vale ser assistido até o fim.


terça-feira, 22 de abril de 2008

Dia Mundial da Terra: O que temos para comemorar?




22 de abril: Dia Mundial da Terra!
E o que temos para comemorar?

Curiosamente o Dia da Terra foi criado por um norte-americano, o Senador Gaylord Nelson, que em 1970 convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. A partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.

Dia desses um cidadão desavisado escreveu que a natureza depende de nós.
Ledo engano! Até hoje o desenvolvimento humano foi calcado única e exclusivamente no consumo dos recursos naturais do planeta. Tão logo eles se esgotem, será o caos. Quem está em perigo é a humanidade. Em última análise a biodiversidade voltará depois de algumas dezenas de milhões de anos, em outras espécies, mas existirá. Nós, talvez nem sombra.

O economista Hugo Penteado em seu livro “Ecoeconomia: uma nova abordagem” toca na ferida quando mostra como os seres humanos caminham rumo a um colapso social, econômico e ambiental calcados em vários mitos, esgotando os recursos naturais insanamente em busca de um pseudo-desenvolvimento.
Enquanto os Governos não pararem de olharem para indicadores econômicos irreais, como o PIB (Produto Interno Bruto), ignorando teimosamente as críticas e propostas que são feitas desde a década de 1970, estaremos produzindo desigualdade, catástrofes um péssimo negócio a curto prazo para o planeta, ou seja, para todos os seres vivos que aqui habitam.

Em tempo: Em 22 de abril de 1500 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral avistaram um grande monte que chamaram de Monte Pascoal. Foi a data em que foi “descoberta” as ricas terras que viriam a ser o nosso Brasil. 508 anos depois, muito se utilizou dessa riqueza natural. E o que temos para comemorar?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Jacaré em risco de sumir em Ilhéus

O belo Jacaré-de-papo-amarelo corre risco de sumir da RPPN Mãe da Mata

A RPPN Mãe da Mata faz parte do corredor central da Mata Atlântica. Localizada na bela Ilhéus, Bahia, as terras pertenceram ao Terceiro Governador Geral do Brasil, Mem de Sá.
O nome da Reserva foi dado pelos alunos da escola local por causa de uma enorme árvore Gindiba que pode ser vista numa belíssima trilha de mata com floresta primária e partes em diferentes estágios de regeneração, seguido por plantações orgânicas de cacau e inúmeras frutíferas, como mamão, banana, coco, jaca, laranja, cupuaçu, cajarana e outras tantas cores e sabores que atraem animais silvestres dos mais variados.
Um “morador” local é o Jacaré-de-papo-amarelo. Um belo réptil que habita o planeta a pelo menos 200 milhões de anos. Só que o número deles está em declínio na RPPN Mãe da Mata. A constatação é que eles se deslocam para áreas vizinhas, de lagoa em lagoa, atravessando roças e capoeiras e estão sendo mortos por caçadores locais em busca de carne e do seu couro.
O proprietário Ronaldo Sant’Anna procurou a bióloga Linde Nobre, que elaborou o Plano de Manejo da RPPN Mãe da Mata e que emitiu um laudo técnico sobre o assunto (Veja abaixo).
A saída emergencial encontrada foi colocar telas para evitar a saída dos répteis da área protegida por período que possa ser possível resolver a questão da matança cruel que certamente levará ao desaparecimento total dessa espécie na região.

Imagem de satélite da RPPN Mãe da Mata


LAUDO TÉCNICO: Clique nas imagens para melhor visualização.



O Jacaré-de-papo-amarelo:


Ordem: Crocodylia
Família: Alligatoridae
Nome popular: Jacaré-de-papo-amarelo
Nome em inglês: Broad-snouted caiman
Nome científico: Caiman latirostris
Distribuição geográfica: Leste do Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul), Uruguai, norte e nordeste da Argentina, Paraguai e leste da Bolívia
Habitat: Brejos, mangues, lagoas, riachos e rios
Hábitos alimentares: Carnívoro
Reprodução: Desova entre 17 e 50 ovos por postura, que eclodem após 70 a 80 dias de incubação
Período de vida: Aproximadamente 50 anos
Os jacarés, juntamente com seus primos crocodilos e aligátores, surgiram na face da Terra há pelo menos 200 milhões de anos. Contemporâneos dos grandes dinossauros, também atingiram tamanhos gigantescos. O Purussaurus brasiliensis, um jacaré que viveu a 20 milhões de anos atrás, na região onde hoje fica a Bacia Amazônica, atingia cerca de 14 metros de comprimento, rivalizando em tamanho com o famoso Tyranossaurus rex.
Os jacarés sempre mostraram-se muito bem adaptados às condições de vida do planeta, sobrevivendo, inclusive, aos fatores que determinaram a extinção dos dinossauros. Apenas o homem, através da caça excessiva, poluição das águas e desmatamento, conseguiu colocar em risco a sobrevivência desses animais. Esse é o caso do jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) que habita brejos, lagos, pântanos e rios desde o litoral do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul e bacias dos rios São Francisco, Paraná, Paraguai e Paraíba.
Apesar da ampla distribuição geográfica, o jacaré-do-papo-amarelo já esteve ameaçado de extinção em virtude da poluição de seu habitat e da caça predatória para a retirada do couro e consumo da carne. Com a proibição da caça a espécie se recuperou e não faz mais parte da lista de animais ameaçados de extinção. O jacaré-do-papo amarelo, juntamente com os outros crocodilianos, se destaca entre os répteis por apresentar cuidados com a sua prole.
O macho forma uma harém e após a cópula, que ocorre no verão, a fêmea constrói o ninho próximo à água usando folhas secas e fragmentos de plantas, cobrindo-o com folhas e areia. Em média são postos de 25 a 30 ovos, e nesta época, a fêmea se torna mais agressiva permanecendo perto do ninho para evitar o ataque de predadores como o lagarto teiú e o quati. O sol e a fermentação dos vegetais no ninho proporcionam o calor necessário à incubação que varia de 70 a 90 dias.
Próximo à eclosão é possível ouvir a vocalização dos filhotes, ainda dentro dos ovos, chamando a mãe. Ela então, desmancha o ninho usando os membros anteriores e posteriores, e o focinho. Caso algum filhote tenha dificuldade ao nascer, a mãe o ajuda e posteriormente ela carrega cada um na boca até a água, cuidadosamente. O macho cuida dos recém-nascidos que já estão na água e ambos os pais permanecem próximos aos filhotes, protegendo-os, ainda por um período de tempo.
Apesar de toda essa proteção, os filhotes precisam se alimentar sozinhos e quando pequenos comem insetos e invertebrados. Os adultos atingem até 2,5 metros de comprimento e se alimentam de caramujos, peixes, aves e pequenos mamíferos. Como todos os crocodilianos, tem uma vida longa e, provavelmente, pode ultrapassar os 50 anos de idade. Ao contrário dos mamíferos, quanto mais velho, torna-se maior e mais forte.
Embora os jacarés assustem as pessoas pelo seu tamanho e aspecto pré-histórico, são animais extremamente importantes para o equilíbrio ecológico, pois agem na cadeia alimentar controlando as espécies que fazem parte da sua dieta, além de controlarem a população dos caramujos transmissores de doenças, como a esquistossomose (barriga d’ água). Além disso, suas fezes servem de alimento a peixes e a outros seres aquáticos.


Imagens: Web - A pedido.

Serviço:

Quem quiser contribuir com aquisição de telas a RPPN Mãe da Mata pode depositar diretamente na conta corrente da fábrica:

Indústria e Comércio de Telas IVMG Ltda.
Agência 3445 2 Conta Corrente 14 333 2
Banco do Brasil - Itabuna - BA

Especificações da Tela:
Tela Losangular Revestimento Verde Fio 14 x 2".
Preço por metro quadrado: R$ 10,73.
Doações a partir de um metro quadrado.
Favor comunicar o depósito por telefone (73) 3632-3031 ou pelo e-mail rdesant@terra.com.br com Ronaldo Sant'Anna.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Lixo espacial

Se não bastasse poluir o próprio planeta, seus rios e oceanos, a terra e o ar, o ser humano também sujou a órbita em volta da Terra. Socorro!

Da BBC Brasil
A Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira imagens do lixo espacial em órbita em volta da Terra.

Imagens divulgadas pela Agência Espacial Européia mostram a quantidade de lixo espacial que orbita a planeta
Segundo a agência, entre o primeiro lançamento, em 1957, e janeiro de 2008, cerca de 6 mil satélites já foram enviados para a órbita terrestre. Destes, apenas 800 estariam ativos e 45% estariam localizados a uma distância de até 32 mil quilômetros da superfície terrestre.

Além dos satélites desativados, as fotos de satélite mostram resíduos espaciais como fragmentos de aeronaves espaciais que se quebraram, explodiram ou foram abandonados. De acordo com a ESA, aproximadamente 50% dos objetos que podem ser rastreados são derivados de explosões ou colisões na órbita terrestre.

O lançamento do Sputnik - o primeiro satélite artificial, lançado em 1957 pelos soviéticos, marcou o início da utilização do espaço para a ciência e a atividade comercial.

Durante a Guerra Fria, o espaço se tornou o principal terreno de competição entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética - uma disputa que atingiu seu ápice com a corrida para conquistar a Lua, na década de 60.

Por ocasião das Olimpíadas de Tóquio, em 1964 foi lançado o primeiro satélite de televisão para a órbita terrestre, com o objetivo de transmitir os Jogos Olímpicos.

Mais tarde, os lançamentos russos diminuíram e outros países inauguraram seus programas espaciais.

Uma estimativa da ESA indica que o número de objetos na órbita terrestre cresceu de maneira estável desde o primeiro lançamento. Segundo os dados, cerca de 200 novos objetos são lançados todos os anos.

Em 2001, os pesquisadores americanos Donald Kessler e Philip Anz-Meador, que estudam o lixo espacial, afirmaram há uma possibilidade de que, em vinte anos, já não seja mais possível realizar operações em órbitas mais próximas da Terra.



Fotos mostram lixo espacial na órbita da Terra

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Descoberto remanescente de Pau-Brasil no Espírito Santo

Pau-brasil sobrevivente: ramo com flores.

REDESCOBERTO O PAU-BRASIL NO ESPÍRITO SANTO

Pesquisadores do JBRJ participaram de estudo de campo para localizar pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) no estado do Espírito Santo. Os resultados da recente prospecção comprovam que a espécie que nomeou o país não está extinta na mata atlântica capixaba. Foram localizados dois fragmentos florestais, onde pequenas populações nativas sobrevivem em razoável estado de conservação.

O pesquisador Haroldo C. de Lima e o biólogo Robson D. Ribeiro participaram de estudo de campo para localizar pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) em áreas de mata atlântica no estado do Espírito Santo. Foram encontrados dois fragmentos florestais no município de Aracruz, onde pequenas populações nativas sobrevivem em razoável estado de conservação. A população remanescente mais significativa foi observada em um fragmento situado em área de plantação de eucalipto, que pertence à Aracruz Celulose.

Na recente lista de espécies da flora ameaçadas de extinção no Espírito Santo, a planta que deu o nome ao país foi avaliada como criticamente em perigo e, desde o último registro botânico em áreas naturais, ocorrido na década de 1980, não era relatada em inventários e outros estudos realizados em florestas capixabas.

As pesquisas preliminares para avaliar a situação atual do pau-brasil no Espírito Santo estão sendo desenvolvidas pela Gerência de Recursos Naturais – IEMA/ES e pelo Departamento de Botânica - UFES, com apoio do Programa Mata Atlântica – JBRJ. Fundamental para o sucesso da operação foi o auxílio de Floriano Schaeffer, antigo conhecedor das espécies madeireiras das florestas no Espírito Santo.


Fragmento de mata atlântica no município de Aracruz – ES, onde foi encontrada uma das populações de pau-brasil.


Pau-brasil - ramo com fruto aberto, após a dispersão das sementes.


Exemplar de pau-brasil em avaliação pela bióloga Maria Otávia Crepaldi, da Gerência de Recursos Naturais – IEMA/ES, durante o estudo de campo no fragmento de mata atlântica no município de Aracruz – ES.


Floriano Schaeffer, profundo conhecedor das matas e das espécies madeireiras no Espírito Santo.

Fonte: Haroldo C. de Lima

Madagascar amplia áreas de proteção ambiental

A notícia abaixo bem poderia motivar ações governamentais do Governo Brasileiro para a proteção da biodiversidade tupiniquim, criando mais Unidades de Conservação e implementando as já existentes, em especial criando mecanismos de apoio para as RPPN.

Madagascar ampliará áreas protegidas para preservar espécies raras

Plano de proteção de áreas de biodiversidade foi apresentado nesta semana.
Pesquisadores acreditam que modelo pode ser copiado por outros países.


Madagascar é reconhecido mundialmente como um centro importante de biodiversidade. Algumas das espécies mais exóticas e mais ameaçadas do mundo são encontradas no país. Agora, pesquisadores divulgaram na revista "Science" desta semana um plano para expandir as terras sob proteção ambiental, que poderia ser aplicado também em outros países, como o Brasil.

A equipe liderada por Claire Kremen, da Universidade Berkeley, nos EUA, compilou dados sobre espécies endêmicas de formigas, borboletas, sapos, lagartixas, lêmures e plantas da região. Com essas informações, desenvolveu um mapa das regiões mais importantes para a preservação.

Veja abaixo alguns exemplos de animais típicos de Madagascar.



Lagartixa-gigante-de-rabo-de-folha (Uroplatus fimbriatus), um dos mais exóticos animais da região (Foto: Science)



A forte cor do sapo Mantella aurantiaca é um alerta para a toxina mortal de sua pele (Foto: Science)


O Indri indri, o maior de todos os lêmures (Foto: Science )


Fonte: G1

terça-feira, 8 de abril de 2008

Gisele Bündchen e a RPPN

O click de Gisele Bündchen em 1996 que valeu R$ 9 mil

A bela Gisele deu uma pequena contribuição para a arrecadação de dinheiro visando a compra de uma área na Amazônia para a constituição de uma RPPN.
A notícia abaixo já circula pela internet, só não dá para entender como uma Reserva Particular poderá ter a guarda do Estado. Algum equívoco há nessa informação.


Foto de Gisele Bündchen é arrematada por R$9 mil em leilão
A imagem foi leiloada em São Paulo e terá renda revertida para a preservação da Amazônia

Marina Telecki

A foto de Gisele Bündchen feita em 1996, quando a bela tinha 15 anos, foi vendida em um leilão em São Paulo. Quem arrematou a obra foi o empresário Luís Otaviano, dono do antiquário Ivy, que recebeu a imagem no tamanho 50X60 em papel de fibra e com tratamento museológico, assinada pelo fotógrafo Angelo Pastorello, que eternizou a imagem da top. Existem apenas mais duas cópias deste fotografia, uma em poder de Pastorello e outra, de Gisele.

Sempre engajada em causas sociais, Gisele autorizou o fotógrafo a utilizar a imagem por único motivo. A venda da obra vai ajudar na luta pela preservação do meio ambiente, pois 70% do valor arrecadado no leilão será destinado a comprar uma área particular na Amazônia com cerca de um milhão de árvores, que passará a ser uma RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural - e ficará sob a guarda do Estado.

O click foi feito durante o intervalo de um ensaio para a revista Capricho no ano de 1996, pouco antes dela se mudar para Nova York. Na foto, Gisele está vestida com uma camiseta e com os cabelos presos.

Fonte: Quem News

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Parque do Tabuleiro em cheque

A maioria das Unidades de Conservação espalhadas Brasil afora sofrem com a falta de recursos para sua devida proteção e muitas delas acabam sendo ocupadas irregularmente e criminosamente destruídas.

Agora a FATMA, Fundação Estadual de Meio Ambiente quer diminuir a área da maior UC do estado, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

Fazendo uma pequena comparação, seria o mesmo que, se uma pessoa pegar sanguessugas nas pernas, ampute-as!


Nova área para Parque do Tabuleiro

Proposta de recuo de limites pela Fatma deve atingir 2,7 mil pessoas

Começou ontem a discussão sobre a redemarcação territorial do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Prefeitos da região da Grande Florianópolis, juristas e donos de terras reuniram-se na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável para conhecer a proposta da Fatma, que prevê recuo de limites e exclusão de área dos municípios de Palhoça e Garopaba.

De acordo com a bióloga da Fatma, Ana Cinardi, a determinação deve atingir 2,7 mil pessoas, sendo 300 de Garopaba e 2,4 mil de Palhoça.

Devido às manifestações contrárias dos prefeitos, que sugeriram a desanexação do lado esquerdo da BR-101, uma nova reunião foi agendada para 10 de abril para redação final do Projeto de Lei, sem data ainda a ser discutido na Assembléia Legislativa.

A proposta apresentada pela Fatma utilizou dados de um levantamento de toda a região que considerou os impactos ambientais, as atuais demarcações e a demanda de ocupação humana de todo o entorno do parque, realizado por uma empresa privada contratada.

Com 87,4 mil hectares, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é a maior unidade de conservação no Estado, ocupando cerca de 1% do território de Santa Catarina.

Sua extensão abrange áreas de nove municípios (Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí, Garopaba e Paulo Lopes), além das ilhas de Fortaleza/Araçatuba, do Andrade, Papagaio Pequeno, Três Irmãs, Moleques do Sul, Siriú, Coral, dos Cardos e a ponta sul da Ilha de Santa Catarina.

A maior parte do parque está coberta pela Mata Atlântica, uma ecorregião terrestre considerada por estudo do Banco Mundial de máxima prioridade regional para a conservação da biodiversidade. Outro estudo do Banco Mundial inclui o local em uma lista dos habitats naturais críticos na América Latina.

Fonte: DC

Dica de Blog


O Blog do Planeta aborda assuntos relacionados ao meio ambiente e comportamento e é digitado por "oito" mãos:

Alexandre Mansur
Editor de Ciência & Tecnologia da revista Época. Cobre meio ambiente há 16 anos. Já ganhou alguns prêmios, como o Reuters-IUCN Media Award. Diz que está preocupado com o aquecimento global, mas só quer salvar a praia de Ipanema.



Luciana Vicária
A repórter da ÉPOCA já enfrentou lacraias venenosas na Amazônia. Adora animais, mas já matou um peixe beta (ela jura que foi sem querer!). Há um ano, usa caixas de papelão no lugar das sacolas de plástico no supermercado.



Juliana Arini
A mato-grossense Juliana Arini cobre meio ambiente há 12 anos. Já trabalhou para ONGs, como o WWF, e produziu reportagens para a National Geographic. Tenta convencer os paulistas a parar de comer hambúrguer para salvar a Amazônia.



Marcela Buscato
Repórter da revista ÉPOCA. Não pisa em nenhum terreno off-road sem seu salto agulha. Tem medo do aquecimento global, mas não gosta dos ecochatos.


Para acessar: CLIQUE AQUI

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Gol contra do Ronaldinho Gaúcho

Instituto Ronaldinho Gaúcho pisou na bola e terá que criar uma RPPN

Jogador, com o prefeito José Fogaça, veio da Espanha para a inauguração da entidade filantrópica, em 2006


Instituto Ronaldinho Gaúcho terá que reparar danos ambientais


Acordo entre o Ministério Público e o Instituto determina compensações para os danos causados pelas obras da entidade, inclusive em Área de Preservação Permanente.

Porto Alegre, RS - O Instituto Ronaldinho Gaúcho e o Centro Ronaldinho Gaúcho, entidade filantrópica e empresa esportiva do jogador do Barcelona, respectivamente, terão que reparar os prejuizos ao meio ambiente causados pelas obras de suas instalações, na Zona Sul de Porto Alegre. O primeiro foi inaugurado em 27 de dezembro de 2006 (foto) e o segundo estava em obras que foram suspensas ano passado com a intervenção do Ministério Público.

Nas duas áreas, no Instituto e no Centro, ocorreram "cortes de vegetação nativa, drenagens de banhado, canalização de curso d’água, corte de vegetação exótica, tudo sem licença ambiental”, relatou hoje à tarde a promotora de Justiça e Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Ana Maria Moreira Marchesan.

“A pior agressão foi o corte de mata nativa no Morro da Tapera e a construção em uma Área de Preservação Permanente (APP)”, acrescentou. Meio hectare de árvores nativas e exóticas foram derrubadas no morro.

A promotora disse que Ronaldinho e seu irmão, o ex-atleta Roberto de Assis Moreira, diretor do Instituto, foram alertados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) de que estavam infringindo a Lei dos Crimes Ambientais. O órgão chegou a autuar o Instituto e o Centro por diversas vezes, expedindo multas que totalizaram R$ 115 mil, mas as obras prosseguiram.

O Ministério Público foi acionado por denúncia anônima, ao mesmo tempo em que recebia os autos de infração da Smam, em julho do ano passado. Foi aberto inquérito civil e procedimento investigatório que resultaram no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado hoje com os representantes de Ronaldinho.

Além da execução de projetos para reparação dos danos envolvendo cortes de vegetação nativa, drenagens e canalizações não licenciadas, o acordo prevê a doação de uma área para o município de Porto Alegre e a implantação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), por conta do Instituto e do Centro.

A multa ficará em 10% do valor inicial. Mas o acordo não impedirá o processo criminal na Justiça Comum, pois a promotora adiantou que apresentará a denúncia nos próximos dias com com base na Lei 9.605 (Lei dos Crimes Ambientais).

”Eles contrataram um arquiteto e um empreiteiro e com muita pressa tudo foi feito, sem qualquer licença ambiental. A Smam ainda tentou interditar mas eles continuaram a obra, mesmo com as autuações, até que o MP entrou em ação, só aí cessaram as intervenções na área”, contou.

Construído em área de 12 hectares, o Instituto foi criado para oferecer a crianças carentes atividades como futebol, tênis, vôlei, vôlei de praia, atletismo e jogos de mesa, além de oficinas de teatro, línguas, música, informática, aulas de reforço escolar e cursos profissionalizantes.

Também oferece atendimento médico e odontológico e companhamento da situação familiar de cada aluno. A inauguração festiva teve a presença do próprio Ronaldinho e de muitas autoridades, como o prefieto, José Fogaça, e o então governador, Germano Rigotto.

“O meio ambiente tem que ser respeitado em qualquer situação, mesmo (a entidade) de cunho filantrópico e de grande valor socio-educativo, com envolvimento do município, tudo tem que ser feito com sustentatibilidade ambiental”, alerta a promotora.

A EcoAgência tentou mas não conseguiu localizar o advogado Sérgio Queiroz, que representa os irmãos Ronaldinho e Assis Moreira no caso.


Texto de Ulisses A. Nenê, da EcoAgência. Reprodução autorizada, citando-se a fonte.
Foto: Prefeitura de Porto Alegre


Saiba mais:

Lei dos Crimes Ambientais (clique aqui)