Já passava das 11 horas da noite e escutei um leve e diferente barulho fora de casa.
Com a lanterna avistei um gambá passeando calmamente no quintal. Corri para prender nosso Akita. Em seguida busquei a câmera fotográfica para tentar um registro do visitante.
Provavelmente com o barulho que fiz ao prender o cachorro o gambá subiu na primeira janela que viu.
Estava quietinho e facilitou tirarmos as fotos.
Foi legal, pois foi possível visualizarmos ele de pertinho e com segurança. Tom já estava quase dormindo e curtiu um monte ver um marsupial tão próximo.
Trata-se de um gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventis), espécie comum no estado de Santa Catarina, vive em florestas, capões, restingas e banhados.
É encontrado também em regiões cultivadas e urbanas, adaptando-se muito bem em ambientes antrópicos (modificados pelos seres humanos).
O período de gestação é de aproximadamente 13 dias. A fêmea tem cerca de 8 filhotes que ficam grudados nas tetas da mãe em torno de três meses.
Sua distribuição geográfica é em todo o Brasil. Do sul do Canadá até o norte da Argentina, exceto Chile.
Ocupa o mesmo habitat e é muito parecido com o gambá-de-orelha-preta (Didelphis marsupialis).
São ótimos dispersores de espécies vegetais, pois se alimentam de frutos. Mas são oníveros, comem praticamente de tudo, insetos, larvas, cobras e uma preferência por pequenos roedores.
Animal solitário, sai para caçar durante a noite ou em horas crepusculares.
Pode quando assustado fingir-se de morto, para alguns momentos depois sair andando a procura de refúgio.