Descrição: Este canídeo também é chamado de guaraxaim ou graxaim. Semelhante ao cachorro-do-campo (Dusicyon gymnocercus), se diferencia por ser um pouco maior, além de possuir uma linha dorsal de coloração preta, que vai da nuca até a base da cauda e ter as patas de cor preta e o focinho mais curto. Nesta espécie também ocorrem variações individuais de coloração, mas é basicamente cinza com tonalidades amareladas e os espécimes jovens são mais escuros.
Habitat: É mais comum em regiões florestadas, mas pode freqüentar áreas campestres.
Reprodução: Está sexualmente ativo aos 9 meses de idade. Reproduz-se durante o ano todo, concentrando nos meses da primavera (setembro a dezembro). O período de gestação é de 52 a 59 dias. A fêmea tem em média 5 filhotes por parto. Estes são amamentados até o terceiro mês de vida.
Distribuição geográfica: Brasil, exceto planície amazônica. Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Características: Possui basicamente os mesmos costumes do cachorro-do-campo. É animal que anda solitário, unindo-se aos pares no período reprodutivo ou para caçar. Durante essa atividade, por onde passa marca o local com urina. Alimenta-se de quase tudo que encontra, desde vegetais a animais; gosta de comer frutos, insetos, répteis, aves, e mamíferos. Aprecia também ovos de aves e de tartarugas.
É perseguido por atacar animais domésticos. Com freqüência em áreas rurais são montadas armadilhas próximas dos galinheiros e de plantações para sua captura. No entanto, estudos realizados na Venezuela (BISBAL, F. e OJASTI, J., 1980), quanto aos hábitos alimentares do cachorro-do-campo, na análise de conteúdo estomacal de 104 exemplares, não foi encontrado nenhum resíduo de animal doméstico.
Procura geralmente como abrigo tocas de outros animais, fendas e ocos de árvores. Possui hábitos noturnos, mas às vezes é visto em atividade durante o dia. É relativamente comum no território catarinense. Com freqüência encontram-se exemplares atropelados nas rodovias. Tal fato pode ser devido ao deslocamento do animal de um capão para outro quando está procurando alimento, atravessando assim plantações, pastagens e rodovias (quase sempre de tráfego intenso). Como faz isso durante a noite, ou nas horas de crepúsculo, muitas vezes não consegue escapar dos veículos, ficando ofuscado com os faróis dos carros. Fonte: Mamíferos de Santa Catarina, de Ana Verônica Cimardi.
Infelizmente encontramos esse belo espécime de Cachorro-do-mato atropelado na estrada entre Angelina e São Pedro de Alcântara, próximo da entrada de acesso à RPPN Rio das Lontras.