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domingo, 1 de julho de 2007

Aumento de área da RPPN Rio das Lontras.

O Programa de Incentivo às RPPNs da Mata Atlântica apóia aumento de área da RPPN Rio das Lontras:



Aumento a área da RPPN
A RPPN Rio das Lontras foi contemplada no Programa de Incentivo às RPPN no V Edital da Aliança Para Conservação da Mata Atlântica. Foram três os projetos aprovados para Santa Catarina, além do nosso (São Pedro de Alcântara e Águas Mornas), um em Alfredo Wagner e outro também em Águas Mornas.
Com o acréscimo de mais 20.616,28 m², estaremos totalizando 200.000 m² de RPPN.

Imagem de satélite mostra a área da RPPN rio das Lontras.
Ao fundo Ilha de Santa Catarina (Florianópolis).

Programa de Incentivo às Reservas Particulares contempla criação de mais 110 RPPNs na Mata Atlântica:

V Edital do Programa da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica e The Nature Conservancy destina R$ 600 mil para 46 projetos selecionados
São Paulo, 19 de abril de 2007 - A Aliança para a Conservação da Mata Atlântica - uma parceria entre as organizações ambientalistas Conservação Internacional (CI-Brasil) e Fundação SOS Mata Atlântica - e a The Nature Conservancy (TNC) apresentam, hoje, o resultado do V Edital do Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) da Mata Atlântica. Foram atribuídos R$ 600 mil a 46 projetos de criação de 110 RPPNs localizadas nos Corredores de Biodiversidade da Serra do Mar, Central da Mata Atlântica, do Nordeste e a Ecorregião Floresta com Araucária.Os recursos são provenientes da própria TNC, do Bradesco Cartões e do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF).
O V Edital do Programa, que contempla 35 propostas individuais e 11 de criação conjunta, irá contribuir na adição de 7.800 hectares em superfície protegida ao bioma Mata Atlântica (veja a lista completa a seguir). “As RPPNs oferecem uma grande contribuição para proteger o que resta da Mata Atlântica, complementando o sistema de áreas protegidas públicas”, declara Erika Guimarães, coordenadora da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica. Ela explica que devido à grande fragmentação das florestas do bioma, as áreas protegidas são muito pequenas, o que impede a conservação de espécies no longo prazo. Além disso, a distribuição dessas áreas é bastante esparsa ao longo da paisagem, dificultando o trânsito das espécies e as necessárias trocas genéticas para sua perpetuação. “As RPPNs têm contribuído para fortalecer as iniciativas de conservação da Mata Atlântica, abrigando espécies ameaçadas de extinção e tipos de vegetação que não estão sob nenhuma outra forma de proteção”, explica.

Mata Atlântica - É um dos 34 hotspots de biodiversidade, isto é, uma das áreas biologicamente mais ricas e ameaçadas do planeta. Nela vivem 112 milhões de brasileiros e sua área cobre 17 estados, concentra as maiores cidades e os principais complexos industriais em 46% dos municípios do país. A Mata Atlântica também foi a primeira barreira geográfica a ser vencida pelos colonizadores em seu trajeto rumo ao interior do continente. A conseqüência de uma ocupação humana desordenada é que hoje restam apenas 7% de sua cobertura vegetal original e 50% das florestas remanescentes estão nas mãos de proprietários privados. Diante desse quadro, a participação do setor privado na conservação da biodiversidade da Mata Atlântica é cada vez mais importante. Em 2000 o governo federal incorporou, com a Lei 9.985/00, as RPPNs ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Hoje, as RPPNs já somam no país 580 mil hectares, distribuídos em 726 reservas. Só na Mata Atlântica e seus ecossistemas associados 466 reservas protegem 95 mil hectares.

Histórico do Programa - Desde 2003, nos quatro primeiros editais publicados, o Programa de Incentivo às RPPNs da Mata Atlântica recebeu a inscrição de 163 propostas. Oitenta e cinco projetos foram beneficiados apoiando a criação de pelo menos 100 novas reservas e auxiliando na gestão de outras 33 RPPNs. O montante investido do I ao IV Edital foi da ordem de R$ 1.2 milhão. “O Programa tem por objetivo estimular essa iniciativa de conservação dos proprietários propriedades, oferecendo recursos financeiros de fácil acesso, parcerias institucionais e orientação técnica”, descreve Márcia Hirota, Diretora de Gestão do Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica.
As iniciativas contempladas, além de contribuírem para o aumento da área protegida na Mata Atlântica, colaboram para a consolidação dos corredores de biodiversidade: o Corredor Central da Mata Atlântica, representando o sul da Bahia e o centro-norte do Espírito Santo, e o Corredor da Serra do Mar, que se estende pelos estados do Rio de Janeiro, nordeste de São Paulo e na serra da Mantiqueira em Minas Gerais. Em seu V Edital, o Programa ampliou sua fronteira de atuação e incluiu duas novas áreas estratégicas para a conservação: o Corredor do Nordeste e a Ecorregião Florestas com Araucária.

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Corredor de Biodiversidade – Trata-se de um novo conceito de conservação do meio ambiente que vem sendo adotado pelo governo brasileiro e ONGs. O corredor de biodiversidade é formado por uma rede de Unidades de Conservação entremeadas por variados graus de ocupação humana e diferentes formas de usos da terra, abrangendo áreas de produção agrícola e pecuária, ecoturismo e até cidades. Delimita uma área de grande diversidade biológica, na qual o planejamento integrado de ações de conservação pode garantir a sobrevivência de um maior número de espécies, a manutenção dos processos ecológicos e o desenvolvimento de uma economia regional baseada no uso sustentável dos recursos naturais.

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RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma categoria de área protegida prevista na legislação federal e também na legislação ambiental dos estados de MS, PR, PE, MG, ES, BA, AL e CE, na qual a decisão de proteger recursos naturais e paisagens parte do proprietário, sem desapropriação. Criada em perpetuidade, sem restrição quanto ao tamanho, a RPPN pode abrigar atividades de pesquisa científica, turismo ou educação ambiental.

Projetos de Criação Individual contemplados no V Edital do Programa:

1. RPPN Águas do Caparaó, Dores do Rio Preto (ES)
2. RPPN Alto da Boa Vista II, Descoberto (MG)
3. RPPN Caiuá, Joanópolis (SP)
4. RPPN Casa de Pedra, Apiaí (SP)
5. RPPN Casa de Pedra Rio Preto (MG)
6. RPPN Centro de Interpretação Ambiental e Cultural Rural - CEIA NovaFriburgo(RJ)
7. RPPN Encantos da Juréia, Pedro de Toledo (SP)
8. RPPN Enos Liberato da Costa, Antonina (PR)
9. RPPN Fazenda Boa Sorte, Baixo Guandu (ES)
10. RPPN Fazenda Campos Joviano, Delfim Moreira (MG)
11. RPPN Fazenda Serenidade, Varzedo (BA)
12. RPPN Fazenda Serra Negra, Lima Duarte (MG)
13. RPPN Fazenda Velha/Verdever, Itamonte (MG)
14. RPPN Florindo Vidas Iúna (ES)
15. RPPN Helmut Sick, Águas Mornas (SC)
16. RPPN Lemke, Nova Venécia (ES)
17. RPPN Linda Laís, Santa Teresa (ES)
18. RPPN Nascente do Rio Grande, Itamonte (MG)
19. RPPN Parque Estrada Central do Brasil, Barbacena (MG)
20. RPPN Picada Cruzília (MG)
21. RPPN Pico do Peão, São Tomé das Letras (MG)
22. RPPN Prati, Nova Venécia (ES)
23. RPPN Reserva Canhambora, Iporanga (SP)
24. RPPN Ribeirão Grande, Juquitiba (SP)
25. RPPN Rio das Lontras II, São Pedro de Alcântara e Águas Mornas (SC)
26. RPPN Rio do Nunes, Antonina (PR)
27. RPPN Ronco do Bugio, Venancio Aires (RS)
28. RPPN Sítio Catitu, Miguel Pereira (RJ)
29. RPPN Sítio Mahayana, Mogi das Cruzes (SP)
30. RPPN Sítio Perna do Pirata, Morretes (PR)
31. RPPN Sitio Santa Fé, Paulo de Fontin (RJ)
32. RPPN Sítio Solo Sagrado, Baependi (MG)
33. RPPN Tatu do Bem, Riozinho (RS)
34. RPPN Terra Forte, Alfredo Wagner (SC)
35. RPPN Terras da Madrugada, Toledo (MG)

Projetos de Criação em Conjunto contemplados no V Edital do Programa:

36. RPPNs de Pernambuco
37. RPPNs na Mata Atlântica Nordeste Oriental, Alagoas
38. RPPNs na Mata Atlântica Nordeste Oriental, Alagoas
39. Apoio a criação de RPPNs no Vale do Rio Preto, em MG e RJ
40. Unindo fragmentos Florestais - Criação de RPPNs no Corredor Norte-Serrano, Espírito Santo
41. Apoio à criação de Reservas Privadas como contribuição à implantação doCorredor Central da Mata Atlântica na Região Centro-Serrana do EspíritoSanto
42. Criação de RPPNs para a perpetuação da diversidade biológica na Florestacom Araucárias, Paraná e Santa Catarina
43. Fortalecendo e valorizando as iniciativas de privados junto à conservaçãoda biodiversidade no Corredor da Serra do Mar, Rio de Janeiro
44. Criação de Mais Seis RPPNS da Mata Atlântica, Rio de Janeiro
45. Florestas Perpétuas - proteção legal de remanescentes de hábitat visando aconservação do mico-leão-dourado na bacia do São João, Rio de Janeiro
46. Apoio à criação de RPPNs na Região Serrada no Espírito Santo

Fontes para entrevista:

Erika Guimarães
Coordenadora da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica
Tel: (11) 3055-7899 e-mail: alianca@sosma.org.br

Monica Fonseca
Especialista em Áreas Protegidas da CI-Brasil
Tel: (31) 3261-3889 e-mail: m.fonseca@conservacao.org

Rosan Fernandes
Coordenador de Conservação em Terras Privadas
Tel: (41) 2111-8771 e-mail: rfernandes@tnc.org

Assessoria de Imprensa:

Marcele Bastos
CI-Brasil (Conservação Internacional)
Tel: (31) 3261-3889 / 9991-5089 e-mail: m.bastos@conservacao.org

Ana Ligia Scachetti
Fundação SOS Mata Atlântica
Tel: (11) 3055-7881 / 7888 e-mail: comunicacao@sosma.org.br

Claudia Picone
TNC (The Nature Conservancy)
Tel: (41) 2111-8775 e-mail: cpicone@tnc.org.br

ALIANÇA PARA A CONSERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA
A Aliança para a Conservação da Mata Atlântica consiste na união de os esforços de duas ONGs, a Fundação SOS Mata Atlântica e a Conservação Internacional, em uma ação conjunta em favor da proteção e conservação da biodiversidade da Mata Atlântica. Para outras informações sobre os programas e projetos da Aliança, visite http://www.aliancamataatlantica.org.br/

CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL
A Conservação Internacional atua no país desde 1990, buscando estratégias que promovam o desenvolvimento de alternativas econômicas sustentáveis, compatíveis com a conservação da biodiversidade, levando em consideração as realidades locais e as necessidades particulares das comunidades. Os diferentes projetos têm sido desenvolvidos nos grandes biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia, Pantanal e Ecossistemas Marinhos. A CI-Brasil destaca-se pela colaboração com ONGs locais e regionais, instituições de pesquisa, órgãos do governo e a iniciativa privada na condução de seus projetos. Para mais informações sobre os programas da CI-Brasil, visite http://www.conservacao.org/

SOS MATA ATLÂNTICA
Criada em 1986, a Fundação SOS Mata Atlântica é uma entidade privada criada para promover a conservação do rico patrimônio natural, histórico e cultural existente nos remanescentes de Mata Atlântica, assim como valorizar as comunidades humanas que ali habitam. A entidade desenvolve projetos de conservação, produção de dados, campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas e programas de educação ambiental, cidadania, desenvolvimento sustentável e proteção e manejo de ecossistemas. Para outras informações sobre os programas da SOS Mata Atlântica, visite http://www.sosmata.org.br/

TNC
É uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, presente no Brasil desde 1988, com a missão de ‘proteger as plantas, os animais e os ecossistemas naturais que representam a diversidade da vida na Terra, preservando as terras e as águas das quais necessitam para sobreviver’. Seu Programa de Conservação para a Mata Atlântica, sediado em Curitiba, PR, vem atuando com vários parceiros nos diversos setores da sociedade para proteger e restaurar áreas prioritárias do bioma. www.nature.org/brasil

Fernando no Viva a Mata. Foto: Irimar José da Silva

De 23 a 27 de maio de 2007 a RPPN Rio das Lontras esteve à convite do Critical Ecosystem Partnership Fund (Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos), participando do Seminário Final do CEPF e do VIVA A MATA realizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.