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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Um pé de Regina

Regina Casé se orgulha de ser uma das pioneiras em levar as manifestações culturais das favelas para a televisão
Foto(s): Zé Paulo Cardeal, globo, divulgação

Ela dá visibilidade à periferia, aos excluídos, aqueles que jamais freqüentariam os programas de grande audiência em horário nobre.


Do mesmo jeito ela faz um maravilhoso trabalho sendo a porta voz da flora brasileira, tudo com muito bom humor, recheado com histórias das mais interessantes e informações técnicas que educam e inspiram ações em prol da preservação ambiental. Tudo isso num programa de menos de meia hora de duração chamado "Um Pé de Quê?" e que certamente será lembrado como um registro fidedigno da natureza nos nossos tempos, como um retrato do nosso relacionamento com as árvores, das condições em que elas se encontram e uma possibilidade de comparação entre o passado e o futuro, dando um diagnóstico dos problemas e possibilitando planejarmos nosso rumo visando um melhor equilíbrio entre nós e o meio ambiente.


Abaixo uma entrevista publicada no Jornal Diário Catarinense em 30 de outubro:


"Uma condição planetária"
Entrevista Regina Casé, atriz e apresentadora de tv
CZN/DC/Rio de Janeiro

Regina Casé, 53 anos, já teve vergonha de fazer TV. Nos anos 1970, quando integrava o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, a atriz era da turma que exaltava o teatro experimental e os filmes de vanguarda. Nesta época, a televisão era considerada pelo restrito grupo um veículo sem relevância cultural. Trinta anos depois, a atriz e apresentadora do quadro Minha Periferia, no Fantástico, passou a defender ferozmente a televisão.

- Essa é a única opção de diversão para milhões de pessoas. A TV é a mídia do Brasil. É o que fazemos de melhor - diz a carioca.

O interesse pela TV aumentou quando Regina começou a mostrar o lado mais alegre das classes menos favorecidas. Regina, que começou a carreira em novelas em 1978, em Tudo Bem, na Globo, logo enveredou para o humor em programas como Chico Anysio Show, em 1982, e TV Pirata, em 1988. Mas foi com o Programa Legal, em 1992, que ela passou a apresentar as facetas das periferias e favelas na TV.

- Quando vejo a quantidade de coisas boas da favela que já estão em cadernos de cultura, sei que tenho uma contribuição grande. Me sinto orgulhosa em mostrar a cultura deles - diz.De lá para cá, foi praticamente uma militância em tentar discriminalizar a produção cultural da pobreza, em programas como Muvuca e Central da Periferia, produzido por sua produtora, a Pindorama Filmes.

- Sofro para caramba fazendo TV. Se você faz um filme, ele passa em milhares de lugares, vai para festivais. Na TV, faço um programa com o mesmo empenho e ele só vai ao ar uma vez. É cruel - lamenta a atriz , que planeja voltar a trabalhar mais como atriz em 2008. Regina jura que não vai deixar as novelas de lado. Sua última atuação foi em Amazônia - De Galvez a Chico Mendes. Já em novela, sua última participação foi em As Filhas da Mãe, em 2001. Antes disso, a atriz viveu a Albertina, em Cambalacho, há 21 anos.

- A interpretação me ajuda a também trabalhar emoções variadas durante uma entrevista - justifica.

Regina Casé não disfarça o orgulho de estar envolvida em projetos sociais na TV. Há sete anos ela comanda Um Pé de Quê no Futura. Esse projeto lhe deu um dos impulsos para começar a mostrar as favelas e periferias na TV. Foi quando gravou o programa sobre a árvore Favela, proveniente do Arraial de Canudos, na Bahia.

Para facilitar a produção de seus projetos na TV, a apresentadora costuma produzir seus programas com a Pindorama Filmes, empresa da qual é sócia com seu marido, o produtor Estevão Ciavatta. A dupla também produziu a série Cidade dos Homens, em 2005, na Globo, o primeiro programa dirigido por Regina na TV.

Pergunta - Como porta-voz das periferias você também faz apologia dessas comunidades ao glamourizar ritmos como o funk, que muita gente considera subcultura. Ser parcial não é também ser pouco crítica?

Regina - Não considero parcialidade perceber meu país e minha cidade como um todo. Não que tenha feito uma opção por algum lado. Mas quando vejo a quantidade de coisas boas da favela que já estão em cadernos de cultura sei que tenho uma contribuição grande. Muitos têm preconceito com a música que eles produzem, com as condições em que moram, com a roupa que vestem. Toda essa estética é considerada ou informal ou ilegal ou pirata ou criminal. Esse limite entre o informal e o criminoso é muito tênue. Mas me orgulho de ter levado a TV para dentro da favela.

Pergunta - Você aborda a favela e as periferias na TV de uma forma bem-humorada. Como tem sido mostrar o lado alegre da pobreza?

Regina - A pobreza é digna de ter alegria. Essas milhares de pessoas carentes sofrem preconceito apenas por ter o endereço da favela, além de serem pobres e negras. Não tenho falsa modéstia de ser uma pioneira. Caminho com a intenção de ver como todos podem conviver juntos com as diferenças e ter as mesmas oportunidades, a mesma escola. É uma questão de justiça. Hoje em dia, quando vou num restaurante bom, as pessoas me rotulam, dizem que eu sou da periferia. "Você aqui?". Falo: "Sou uma mulher livre, posso circular em qualquer lugar. A vantagem é que freqüento locais onde muitos não entram" (risos). Não vou criar personagens. Moro no Leblon, tenho uma casa ótima, vou a qualquer lugar. Mas vou com muita freqüência às favelas. Não faço isso para ajudar os pobres, os negros, ou ser legal. Tudo que eu reconheço como alegre, que é o samba, o Carnaval e a feijoada, vem dos pobres.

Pergunta - Por que ficou interessante falar sobre a pobreza nos segmentos de cultura?

Regina - A sociedade está acostumada a se ver apenas parcialmente, como a sociedade formal e informal. Até outro dia, todas as novelas só tinham brancos em apartamentos bons. O pobre, no máximo, morava numa vila. Isso é porque a gente ainda se vê parcialmente no espelho. Todo mundo conhece alguém que mora na favela. Todos fecham o vidro e passam rápido quando estão numa favela, da mesma forma que tampam o nariz quando passa um caminhão de lixo. Mas temos de pensar que nós produzimos aquilo. No mundo todo, com o crescimento das cidades, as favelas aumentam de uma forma absurda. Todo mundo fica igual diante desse problema.


Pergunta - O que mais a surpreendeu nas gravações de Minha Periferia em Angola, México e França?

Regina - Perceber que as favelas e periferias não são exclusivas de cidades como Rio e São Paulo. Esta é uma condição planetária. Mas você pode ir a Paris várias vezes e nem saber que existe periferia. Comecei a me tocar que seria interessante falar dessas outras realidades quando gravei meu programa Um Pé de Quê, em Moçambique. Comprei um tecido todo escrito e perguntei o que significava. Eram nomes de favelas. Fui conhecê-las e isso gerou uma série de reportagens no Fantástico. Depois, escolhemos um país mais pobre, um parecido e um mais rico que o nosso para o Minha Periferia. O resultado é emocionante.

Pergunta - Esse ano você voltou à dramaturgia com uma parteira em Amazônia - De Galvez a Chico Mendes. Como foi essa experiência em sua primeira minissérie?

Regina - Uma vez encontrei com a ministra Marina Silva e pensei que ela fosse falar do meu trabalho ambiental com Um Pé de Quê. Mas ela falou da minissérie. Disse que chorou o tempo todo porque lembrou da avó que era parteira no seringal. Ela chorou, eu chorei. Ela ficou comovida e eu também por ainda emocionar as pessoas com a minha atuação. Mas tem sido muito difícil trabalhar como atriz.

Pergunta - Por quê?

Regina - Tenho orgulho da minha carreira como atriz, mas acho que isso eu fiz muito malfeito. Não consegui equilibrar os programas com a atuação. O público me cobra muito e eu adoro atuar. Os dois lados se alimentam. Talvez não teria feito o filme Eu Tu Eles direito se não tivesse gravado anos de Brasil Legal e Um Pé de Quê. Vi mil mulheres e lugares como aquele. Sabia como essas mulheres se comportavam. A interpretação ajuda a trabalhar emoções variadas até numa entrevista. Mas amo fazer novela. Acordo, marco o texto com o lápis rosa, decoro, chego lá, encontro mil amigos, me divirto, venho para casa, durmo e não tenho nada a ver com aquilo. Quero fazer ficção, humor. Estou roxa de saudades do humor. Adoro fazer macacadas. Eu quero tudo.

Fonte: DC

Santa Catarina é eleito o melhor destino

Belezas naturais, principalmente as praias, conquistam turistas e levam Santa Catarina a ser o maior destaque do Brasil
Foto: Hermínio Nunes


Turismo

Matéria do Diário Catarinense comenta premiação da Revista Viagem e Turismo, onde o estado de Santa Catarina foi escolhido como melhor destino turístico do Brasil. O que é bem compreensivo, pelas suas belezas naturais, variedade cultural e indice de desenvolvimento humano. O que não dá para entender é o descaso governamental com a natureza, a ganância de parte do setor empresarial em exaurir os recursos naturais e o desejo de muitos em passar por cima da Legislação Ambiental (Vide o caso Moeda Verde!).

Em tempo: O "melhor Resort de praia" escolhido pela terceira vez seguida é o Costão do Santinho, da RPPN Morro das Aranhas. Tão badalado quanto enroscado com diversos problemas relacionados ao meio ambiente. O último causou a prisão de seu proprietário e o indiciamento por corrupção, acusado de pagar 500 mil reais visando a alteração de Leis Ambientais para favorecer seu questionável empreendimento.


SC é eleito o melhor destino

Estado ficou em primeiro lugar em pesquisa de revista nacional
ARIADNE NIERO

Santa Catarina é o melhor destino turístico do Brasil. O Estado ficou em primeiro lugar na premiação concedida pela revista Viagem e Turismo, da Editora Abril e desbancou a pentacampeã Bahia.A escolha feita pelos leitores da revista elegeu Florianópolis como a segunda melhor cidade do país para se fazer turismo e o Costão do Santinho, pelo terceiro ano seguido, como o melhor resort de praia.

A sétima edição do Prêmio Viagem e Turismo ocorreu na última sexta-feira, no RJ. Os cariocas ficaram com o título de melhor cidade.

Os atrativos turísticos de SC, aliado ao alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), foram os principais motivos que colocaram o Estado no topo, de acordo com o presidente da Santur, Valdir Walendowsky.

- Além dos destinos turísticos, temos infra-estrutura, sem contar produtos como as festas de outubro, campeonatos de surfe e baleias.

Diversidade é um dos maiores diferenciais

O presidente da da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH/SC), Wilson Luiz de Macedo, ressaltou que SC é merecedora do título.

- Nosso atrativo está na diversidade turística. O turista vem para o Estado em todas as épocas do ano .

O secretário estadual de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, ressalta que a prioridade está em continuar com os investimentos em infra-estrutura e saneamento básico.

- Para o ano que vem, serão R$ 81 milhões.
Fonte: DC

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Dinheiro e política para desmatamento


Reportagem do Jornal Nacional mostra que imagens geradas pelos satélites ajudam o IBAMA a impedir a destruição da Mata Atlântica em Santa Catarina. A floresta foi substituída por plantações de pinus - que diga-se de passagem tem apoio governamental. Órgãos estaduais de agricultura fornecem mudas de plantas exóticas, orientam, estimulam e dão apoio logístico com dinheiro proveniente do Banco Mundial, através do Projeto Microbacias. E dá-lhe desmatamento!


Assista ao vídeo:

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Operação Moeda Verde indicia 54

Operação Moeda Verde indicia 54 pessoas. Veja lista (que inclui o proprietário da RPPN Morro das Aranhas, o Prefeito da capital, secretários municipais, vereadores, funcionários do Ibama, da Fundação Estadual de Meio Ambiente, entre outros) e matéria do Diário Catarinense:


Polícia Federal indicia o prefeito da Capital

O Diário Catarinense teve acesso, nesta segunda-feira, ao relatório com os nomes de todos os indiciados pela Polícia Federal (PF) na Operação Moeda Verde. No total, são 54 pessoas incriminadas. No grupo estão o prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB); o procurador-geral do município, Jaime de Souza, o diretor-presidente do Instituto de Planejamento Urbano (Ipuf) da cidade, Ildo Rosa; e o empresário Carlos Amastha, que não constavam dos nomes até então confirmados no inquérito.

Todos os citados negam as acusações. À tarde, quando soube que constava do rol de indiciados, Rosa, que é delegado licenciado da PF, anunciou que pretende se afastar da prefeitura. Além dos citados acima, também foram incriminados funcionários públicos - estaduais, municipais e federais - , vereadores e empresários.

Em despacho de 17 páginas encaminhado ao juiz Zenildo Bodnar, a delegada Júlia Vergara se refere ao grupo de funcionários públicos como "quadrilha de servidores associada para a prática de crimes contra a administração pública e contra o meio ambiente".

Todos foram indiciados por formação de quadrilha e crimes como advocacia administrativa, falsidade ideológica, corrupção ativa, corrupção passiva e prevaricação.

O prefeito da Capital foi enquadrado em quatro crimes: formação de quadrilha, advocacia administrativa, corrupção passiva e falsidade ideológica. Como possui foro privilegiado, Dário Berger será indiciado junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

Presidente do Ipuf é suspeito de defender supermercado

No item 20 do despacho, quando trata da chamada Lei da Hotelaria, a delegada registra que "existem indícios de que, após intermediação de Juarez Silveira, Dário Berger tenha recebido de Fernando Marcondes de Mattos vantagem indevida em razão de seu cargo de prefeito municipal, tendo, em contrapartida, se comprometido a encontrar solução para os débitos do Costão do Santinho, empreendimento imobiliário de Marcondes, para com o município de Florianópolis".

De acordo com a delegada Vergara, a suposta "vantagem" teria sido articulada pelo secretário da Receita de Florianópolis, Carlos Roberto de Rolt, que, segundo ela, "afirmou expressamente que estaria bolando o projeto de lei de incentivo ao turismo e hotelaria como solução à situação de Fernando Marcondes de Mattos".

No despacho, Vergara não especifica o tipo de "vantagem" que Berger supostamente teria recebido de Marcondes, dono do Costão do Santinho Resort. Diretor-presidente do Ipuf, o delegado licenciado da Polícia Federal Ildo Rosa foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha e advocacia administrativa. O nome dele consta dos itens 2 e 17 do despacho.

O primeiro trata da suposta "quadrilha de servidores" apontada pela delegada; o segundo diz respeito ao Supermercado Bistek, obra que Rosa teria supostamente atuado em defesa. O empresário Carlos Amastha, então empreendedor do Floripa Shopping, foi incriminado pela suposta prática de falsidade ideológica e participação em advocacia administrativa, por ter, segundo a delegada Julia, "acionado (o ex-vereador) Marcílio Ávila para liberação do habite-se (do shopping) sem que estivessem concluídas as obras do sistema viário".

* Colaboraram Felipe Pereira e Diogo Vargas
JOÃO CAVALLAZZI /DIÁRIO CATARINENSE

Os 54 indiciados na Operação Moeda Verde:

*Adir Cardoso Gentil - Corrupção passiva
*André Luiz Dadam, ex-funcionário comissionado da Fatma - Formação de quadrilha, corrupção ativa e subtração ou inutilização de livro ou documento
*Andréa Hermes da Silva - Falsidade ideológica
*Alexandre Confúcio de Moraes e Lima -Formação de quadrilha
*Amilcar Lebarbenchon da Silveira - Falsidade ideológica
*Apoena Calixto Figueroa, fiscal do Ibama - Artigo 68 da Lei 9.605/98
*Aurélio Paladini - Corrupção ativa
*Aurélio Remor - Advocacia administrativa e porte ilegal de arma
*Carlos Franco Amashta, ex-empreendedor do Floripa Shopping - Falsidade ideológica
*Carlos Roberto de Rolt, secretário de Finanças de Florianópolis - Crime contra administração pública e o meio ambiente, não tipificado no despacho da JF, e formação de quadrilha
*Cassiano Luz Monguilhott, da empresa Meridiano - Artigo 40 e artigo 50 da lei 9.605/98
*Clóvis Alexandre Feller - Formação de quadrilha
*Dário Berger, prefeito de Florianópolis - Crime contra a administração pública e o meio ambiente, corrupção passiva, advocacia administrativa, falsidade ideológica e formação de quadrilha
*Dilmo Berger - Corrupção passiva
*Edelberth Adam - Crime contra a administração pública e o meio ambiente e prevaricação
*Fernando Marcondes de Mattos, dono do Costão do Santinho Resort - Corrupção ativa
*Fernando Tadeu Soledad, diretor do grupo Habitasul - Corrupção ativa
*Francisco Rzatki, ex-superintendente da Floram - Crime contra a adminsitração pública e o meio ambiente e formação de quadrilha
*Gilson Junckes, empreendedor do Hospital Vita - Corrupção ativa
*Hélio Scheffel Chevarria, diretor do grupo Habitasul - Corrupção ativa e artigos 40 e 50 da lei 9.605/98
*Heriberto Hülse Neto, funcionário da Fatma
*Hudson Paulo da Silva - Corrupção ativa
*Ildo Rosa, diretor-presidente do Ipuf, secretário municipal da Defesa do Cidadão e delegado licenciado da Polícia Federal - Crime contra a administraçãopública e o meio ambiente, formação de quadrilha e advocacia administrativa
*Itanoir Cláudio, assessor de gabinete do ex-vereador Juarez Silveira - Crime contra a administração pública e o meio ambiente, formação de quadrilha e corrupção passiva
*Jaime de souza, procurador-geral de Florianópolis - Crime contra a administração pública e o meio ambiente e artigo 68 da lei 9.605/98
*Jânio Wagner Constante - Formação de quadrilha
*José Newton Alexandre - Advocacia administrativa
*Juarez Silveira, ex-vereador - Crime contra a administração pública e o meio ambiente, artigos 38, 64 e 67e 68 da lei 9.605/98, corrupção passiva, tráfico de influência e advocacia administrativa
*Lauro Santiago Fernandes, arquiteto do Ipuf - Crime contra a adminsitração pública e o meio ambiente, corrupção passaiva e formação de quadrilha
*Leandro Adegas Martins
*Lírio José Legnani, diretor do Ipuf - Crime contra a administração pública e o meio ambiente, formação de quadrilha e advocacia administrativa
*Marcelo Vieira Nascimento, funcionário da Floram
*Marcílio Guilherme Ávila, ex-vereador e ex-presidente da Santur - Advocacia administrativa e prevaricação
*Margarida Milani Quadros - Corrupção ativa
*Mário Altamiro Viera Alano
*Marli Joner da Silveira - Falsidade ideológica
*Mozzara Lenzi - Falsidade ideológica
*Newton Luiz Cascaes Pizzolatti - Formação de quadrilha
*Odilon Furtado Filho, ex-diretor da Susp - Co-autor de corrupção ativa, ou seja, pagar propina
*Oracil Robson Nascimento - Corrupção ativa
*Paulo Cézar Maciel da Silva, dono do Shopping iguatemi - Corrupção ativa
*Paulo Orofino
*Paulo Toniolo Júnior, dono da DVA Veículos - Corrupção ativa e artigos 48 e 50 da lei 9.605/98

*Percy Haensch
*Péricles Druck, presidente do grupo Habitasul - Corrupção ativa
*Renato Joceli de souza, secretário de Urbanismo e Serviços Públicos - Crime contra a administração pública e o meio ambiente, advocacia administrativa, corrupção passiva e formação de quadrilha
*Rodolfo Sigried Matte Filho - Crime contra a adinistrãção pública e o meio ambiente e falsidade ideológica
*Rodrigo Bleyer Bazzo - Tráfico de influência e corrupção passiva
*Rubens Bazzo, ex-diretor da Susp - Corrupção passiva e prevaricação
*Sebastião Davi Machado -Crime contra a adminsitração pública e o meio ambiente, corrupção passiva e prevaricação
*Sérgio Lima de Almeida
*Tatiana Filomeno Vaz - Falsidade ideológica


Leia no Pitacos da Lontra as matérias sobre o "ECO MICO", mega-evento sobre meio ambiente programado para acontecer no Costão do Santinho Resort: http://www.pitacosdalontra.blogspot.com/

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Palestra com Ricardo Noblat



















“Os conservadores que me desculpem, mas ser “blogueiro” hoje em dia é fundamental” - Ricardo Noblat



















Noblat deu boas dicas para Fernandinha escrever seu blog



















E disse que vai divulgar nossos blogs




















Noblat mostrou dados muito interessantes relacionados aos blogs e os apontou como uma nova tendência na divulgação das informações e opiniões





















"O blog é democrático, não tem fronteiras, todos podemos ter um, ou participar de muitos, não tem um chato dizendo quantos toques tem o limite do texto e, o que é melhor, não tem manual de redação"




















“Só espero que os jornalistas sejam menos arrogantes. O médico pensa que é Deus e o jornalista tem certeza que é”

A palestra “Jornalismo On-Line: O fenômeno dos Blogs” feita pelo jornalista Ricardo Noblat e realizada pelo “Programa Brasil em Debate” da Assembléia Legislativa de Santa Catarina foi mais uma prova da importância desse tipo de evento aberto ao público e que rende uma bela atividade cultural, digna de ser copiada Brasil afora.

Leiam abaixo matéria produzida pela ALESC:



















18/10/2007- Ricardo Noblat faz previsões e mostra o jornalismo on-line

Os conservadores que me desculpem, mas ser “blogueiro” hoje em dia é fundamental. O blog é democrático, não tem fronteiras, todos podemos ter um, ou participar de muitos, não tem um chato dizendo quantos toques tem o limite do texto e, o que é melhor, não tem manual de redação. Mas ainda é um espaço relativamente novo e está se formatando, naturalmente. Para falar desse novo jeito de fazer comunicação – e até literatura – a Assembléia Legislativa trouxe a Florianópolis um dos mais famosos blogueiros da atualidade, o jornalista Ricardo Noblat.

Com idéia fixa em Luana, a neta que vai nascer em janeiro, Noblat começa mostrando para a platéia que lotou o Auditório Antonieta de Barros a ultra-sonografia do bebê aos seis meses de gestação. Uma futura e irrequieta blogueira e, pelo andar da carruagem, leitora contumaz de notícias em sites e blogs. Isso porque, segundo o jornalista, nossas fontes de informação estão mudando bastante, saindo do jornal papel para ingressar na multiplicidade tecnológica: rádio, TV e jornal num lugar só, na internet. E interativos.

As fontes de informação hoje são mais fáceis e instantâneas. Há mais oferta dessas informações e o jovem, que está lendo cada vez menos o jornal impresso, é “interneteiro” e, mais ainda, blogueiro.Os números resultantes de pesquisas já nos mostram isso. Exemplos dados por Noblat não deixam dúvidas para onde caminha o jornalismo, a comunicação. O telefone levou 74 anos para chegar a 1 milhão de usuários, para o rádio foram 38 anos e para a televisão, 22 anos. Na era do computador, ele próprio percorreu 16 anos para arrebanhar 1 milhão de usuários e foi batido depois pelo celular (cinco anos) e pela internet (quatro anos).




















Mas a mais expressiva constatação fica com o Skype, que, via internet, permite comunicação de voz e vídeo de forma gratuita: angariou 1 milhão de usuários em apenas 22 meses de lançamento do software. Todos esses dados, e muitos outros foram detalhados pelo jornalista para comprovar que o crescimento da Internet é irreversível e que o uso de novas tecnologias é espantoso, incluindo aqui os blogs, já que todas as pessoas podem criar um.

No Brasil, diz ele, já é considerável o aumento do número de computadores, apesar de tantas discrepâncias de poder aquisitivo – “e o computador continua inacessível para muitos”. De 2002 a 2007, nosso país superou 35 países na quantidade de Personal Computers (PCs), inclusive os Estados Unidos.



















Nova Mídia

Uma idéia boa do futuro da comunicação já é expressada pelo acesso de 30 milhões de pessoas por dia ao jornal on-line Ohmynews International, criado pelo sul-coreano Oh Yeon Ho, que pratica o “jornalismo cidadão” e está sendo chamado de “Nova Mídia”. Segundo Noblat, surge um novo conceito de notícia, que passa a ser um produto de troca entre cidadãos. Agora eles têm a oportunidade de escrever, comentar, contestar, corrigir e acrescentar notícias e informações.
Quanto a isso, ele fez um alerta aos jornalistas e, principalmente, aos estudantes de jornalismo que lotaram o auditório: “Fiquem atentos porque o que estamos presenciando é a multiplicidade e vocês precisam ser tudo isso”.

Com relação ao blog, Noblat lembra que as características do jornalismo inserido nele são variadas e inovadoras. A linguagem em um blog é renovada, ainda não inventaram – graças a Deus – um manual de redação para ele e espero que nunca inventem. A pessoa pode escrever do jeito que quiser e isso é uma das coisas que tornam os blogs atraentes. “Apenas mantenho no meu blog um moderador, para fazer uma triagem e não publicar abusos”, diz o jornalista.

O blog também atrai porque reúne jornal, rádio e TV. E o futuro “é a convergência de mídias”. Jornalistas são minoria entre os blogueiros, que acessam, não em busca de notícias, mas com outros interesses. Além disso, existe a simplicidade deste meio de comunicação, a sua velocidade (“ninguém consegue tanta rapidez”), é um trabalho solidário, de prestação de serviços e ainda pode ser analisado como um jornalismo de grife.


Mesmo com todas essas possibilidades, Ricardo Noblat não acredita que no futuro os jornalistas sejam relegados a um segundo plano ou que a tendência seja a redução gradativa. Ele defende que sempre haverá a necessidade de investigar a informação e a notícia e isso quem poderá fazer bem feito ainda será o jornalista, o profissional da Comunicação Social. “Só espero que os jornalistas sejam menos arrogantes. O médico pensa que é Deus e o jornalista tem certeza que é”, filosofou.


























Algumas críticas:

Além dessa crítica, que a platéia aplaudiu, Noblat lembrou outra atitude que deve ser mudada. Em todo o país a notícia, nos últimos anos, passou a ser “estatizada”. Não temos mais o jornalismo investigativo e nem repórteres para cobertura dos mais variados setores. A notícia se baseia nos releases das assessorias de imprensa dos poderes constituídos.

Noblat exemplifica: “Se em Brasília resolverem parar as assessorias do Senado, da Câmara dos Deputados e do Poder Judiciário, vai ter jornal reduzindo páginas por não ter matéria para colocar. E isso precisa mudar. Acontece em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Santa Catarina e nos demais estados”.

Depois da palestra sobre o jornalismo on-line, que foi transmitida ao vivo pela TVAL, Ricardo Noblat respondeu a perguntas da platéia. Entre as mais diversas indagações, algumas se destacaram, mas a maioria delas referiu-se a essa nova comunicação que está surgindo.
Interessados em montar blogs, estudantes de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá perguntaram como se faz para tornar um blog conhecido, como é o caso do Blog do Noblat. “Tem que ser no boca a boca, um falando para o outro”, respondeu o jornalista. Sobre a necessidade de adaptação de blogs às dificuldades dos deficientes visuais, ele foi sincero ao revelar que nunca pensou sobre isso para o seu blog, mas lembrou de alguns que já são basicamente sonoros, como é o caso do Blog do Moreno e tantos outros que já são conhecidos.



















Realização AL

A palestra de Ricardo Noblat, responsável pelo blog criado em 2004 e que hoje é um dos mais conceituados do país na área do jornalismo – www.noblat.com.br. –, integra o programa “O Brasil em Debate”, realizado pela Assembléia Legislativa. Além do Parlamento catarinense, tem o apoio da Casa do Jornalista e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina.

Autor de livros na área de jornalismo, o palestrante é formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Foi repórter dos jornais Diário de Pernambuco, Jornal do Comércio, Jornal do Brasil e da revista Veja, chefiou a sucursal de Salvador da revista e foi seu editor-assistente em São Paulo.
Em Brasília, atuou como chefe de redação e editor regional do Jornal do Brasil, assinando também a coluna Coisas da Política. Chefiou a sucursal da revista Isto É, na Capital Federal, dirigiu a redação do Correio Brasiliense e foi repórter da sucursal Rede Globo. Em Salvador, chefiou a redação do Jornal da Tarde.

Ricardo Noblat foi recebido pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Julio Garcia, que assistiu atentamente à palestra junto com os jornalistas Moacir Pereira, Cláudio Prisco Paraíso, Ademir Arnon, atual presidente da Casa do Jornalista, e o professor Billy Culleton, do Curso de Jornalismo da Unisul. (Verlaine Silveira/Divulgação Alesc)

Fotos ALESC: Eduardo Guedes de Oliveira

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Dica de trilha


Tenho amigos de infância que mantenho contato até hoje. Alguns conheci antes mesmo de entrar na escola. Edarge é um deles. Crescemos na mesma cidade, estudamos juntos, nossas famílias se conheciam, jogamos bola e mantemos contato até hoje.

Engenheiro Agrônomo, casado e pai de uma linda menina, logo-logo vai ter sua própria RPPN, tão logo arrume a documentação necessária para transformar parte da fazenda da família em Reserva Particular. Vai ser – provavelmente - a primeira de Pindamonhangaba, SP, cidade onde crescemos e onde mora até hoje.

Sempre ligado nas questões ambientais, nos contou um belo “treking” que fez numa linda trilha entre Natividade da Serra e Ubatuba e que vale registro.


A aventura começou as 7 horas em Taubaté, onde uma van os levou até o bairro Vargem Grande em Natividade da Serra. Uma parada estratégica em um barzinho para um lanche e por volta das 8h30 a caminhada começou.

São 18 km - que ele contou parecer 180! – e desce a magnífica Serra do Mar em direção ao litoral, sendo a maior parte dela em mata fechada, tanto que é praticamente impossível pegar o sinal do GPS quase que o tempo todo.


Relatos interessantes da aventura:

“Durante a trilha a quantidade de bromélias, orquídeas, musgos, fungos, cipós, e árvores gigantescas é bastante grande. Também haviam trechos de rios, principalmente na face Sul da Serra do Mar (vertente para o oceano)”.





“Num dos pontos culminantes da serra existe um trecho bem grande de vegetação tipo savana, um ponto mais seco e completamente diferente da mata em que estávamos: a diversidade de espécie é muito menor que na Floresta Ombrófila Densa, as árvores são pequenas e retorcidas. O solo (como era de se esperar) também é diferente, mais arenoso e mais seco. Confesso que me surpreendi ao encontrar esse tipo de vegetação logo lá, em plena Mata Atlântica”.

“Quando se chega no alto da serra e começa a descida para o litoral, se tem uma vista deslumbrante do Oceano Atlântico, o que torna obrigatório algumas paradas para admirar o cenário e registrar algumas fotos, afinal, pouca gente tem acesso àquele ponto em que estávamos”.



“Infelizmente não foi avistado nenhum mamífero ou réptil, apenas aves. Segundo o guia (que é da região) o local é freqüentado por caçadores, pois o acesso é difícil para fiscalização. Inclusive, a parada para o almoço foi realizada em um local provavelmente utilizado por caçadores (tinha resto de fogueira)”.


E arremata: "Nossa chegada foi à noitinha no bairro da Marandura (na praia). Fernando, eu nunca tomei uma cerveja com tanto gosto...rs!"


São 9 (nove) horas de trilha com poucas paradas. Edarge conta que ficou muito cansado e que durante uma semana ficou com dores musculares nas pernas. E comenta que para se fazer essa trilha tem que ter bom preparo físico e joelhos resistentes.

Serviço:
Ana Paula Cruz, da “Guia de Ecoturismo” de Taubaté (guiadeecoturismo@terra.com.br), que também atua em raftings e trilhas em diversos lugares na região do Vale do Paraíba, Sul de Minas Gerais, Itatiaia (RJ) e litoral sul do Rio de Janeiro. Vale a pena dar uma olhada no endereço: http://www.paulabca.multiply.com/

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Permacultura no Faustão


Morei em Pindamonhangaba até os 22 anos, quando depois de formado em Educação Física vim trabalhar e tocar a vida em Santa Catarina. Em Pinda havia uma família amiga, moravam perto de casa, exatamente ao lado da casa de meus avós maternos: "Seu" Antônio Augusto e dona Elisa tiveram os filhos Marcelo, Eliane e Marina.

Pessoas do bem - certa vez fiquei uns dias com eles numa casa que eles alugaram em Ubatuba - eu e mais uma tropa inteira que eles acolhiam com carinho e paciência.

Eliane estudou comigo alguns anos e hoje mora na Alemanha, onde casou e tem um lindo filho.

Marina é veterinária e mora em São Sebastião, onde constituiu família. Graças a internet mantenho contato com elas.

Marcelo "Cinerama" era conhecido assim por gravar vídeos nas décadas de 70/80 da galera de Pinda, dos campeonatos de skate, da época dos patins, das "caloi 10", ou mesmo dos que se aventuravam em pegar ondas em Ubatuba, a cidade litorânea mais próxima de nós - cidade essa onde mora e nela fundou o IPEMA - Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica - e desenvolve um trabalho interessante de conscientização sobre o consumo e recilclagem.

Recentemente ganhou uma reportagem no Caderno de Domingo do Jornal O Globo. E nesse fim de semana esteve no Programa do Faustão, onde falou um pouco de seu trabalho - no que foi possível, já que o apresentador fala mais do que qualquer entrevistado.


Conheça o homem que não produz lixo!

Matéria do site do Domingão do Faustão

Marcelo Bueno, morador de Ubatuba, foi hoje ao palco do Domingão para contar sua história que é pra lá de peculiar. Marcelo é um homem que faz tudo o que está ao seu alcance para preservar o meio ambiente, por isso ele criou o Ipema (Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica). O programa mostrou como funciona a sua casa, que usa estrutura de bambu, energia solar, tijolos de barro e palha, entre outras coisas. Além disso, famosos como Vanessa Giácomo, Mel Lisboa, Sandy e Junior contaram o que fazem para preservar o meio ambiente. Clique no vídeo abaixo e confira.

O Brasil produz cerca de 100 mil toneladas de lixo por dia, mas recicla menos de 5% do lixo urbano – quantidade muito baixa se comparada à de material reciclado nos Estados Unidos e na Europa (40%). De tudo que é jogado diariamente no lixo, pelo menos 35% poderia ser reciclado ou reutilizado, e outros 35% transformados em adubo orgânico. Em algumas cidades da Inglaterra, 60% do lixo acumulado é reciclado. No Brasil, isso não representa nem 1% do que vai para os aterros sanitários. Normalmente, quem realiza a coleta seletiva são as perfeituras das cidades. Mas mesmo se a prefeitura da sua cidade não a faz, vale a pena separar o lixo e procurar alguma cooperativa que possa recolher o lixo reciclável na sua casa. Se nada for feito em 10 anos, grandes cidades no Brasil podem começar a sofrer com a falta de água. Se pensarmos que nosso lixo pode produzir lucro e ser reaproveitado, podemos começar a mudar alguns hábitos em casa. Entenda a diferença entre lixo orgânico e lixo inorgânico. Orgânico: resto de comida, cascas de frutas, galhos... tudo que se decomponha. Inorgânico: plástico, vidro, papel...


Veja algumas dicas! Você também pode contribuir para o bem do meio ambiente:

- Toda embalagem reciclável, antes de ser jogada no lixo seletivo, deve ser lavada para não atrair insetos, nem ficar com cheiro forte, enquanto estiver armazenada no prédio;

- Para tirar o grosso da sujeira das embalagens que serão destinadas à coleta seletiva, aproveite a água servida da pia da cozinha. Isso também faz parte do comportamento ecológico, porque a água é um recurso cada vez mais escasso;

- Não deixe a torneira ligada ininterruptamente enquanto lava a louça ou escova os dentes, economize água;

- Qualquer cantinho disponível, na garagem ou espaços livres debaixo das escadas, é suficiente para armazenar o material reciclável do prédio;

- Os restos de alimento também podem ser reciclados. Com poucos recursos é possível transformá-los em adubo;

- Não jogue as baterias de celular no lixo comum. As empresas produtoras já estão se responsabilizando pelo recolhimento;

- Já existem lixeiras próprias para as pilhas usadas, procure na lixeira do seu prédio as de cor verde;

- É preciso pensar antes de ir ao supermercado e utilizar muitas sacolas de plástico para levar as compras para casa. Existem alternativas como levar uma sacola de palha, uma caixa de papelão... Algumas lojas de roupas, atualmente, já não entregam as compras em sacolas de plástico.

Confira também as vantagens da reciclagem, quanto tempo leva cada material para se decompor e os materias não recicláveis:

Papel:
Decomposição: 3 a 6 meses. Não é reciclável: vegetal, celofane, encerados, papel-carbono, fotografias, papéis sanitários usados e fraldas descartáveis. Vantagens da reciclagem: preservação de recursos naturais, economia de água e energia.

Plástico:
Decomposição: mais de 100 anos. Não é reciclável: celofane, embalagens plásticas metalizadas e plásticos usados na indústria eletroeletrônica e na produção de computadores, telefones e eletrodomésticos. Vantagens da reciclagem: em lixões, o plástico pode queimar, indevidamente, e sem controle. Em aterros sanitários, dificulta a compactação e prejudica a decomposição dos elementos degradáveis.

Vidro:
Decomposição: mais de 4.000 anos. Não é reciclável: espelhos, vidros de janelas e de automóveis, tubos de televisão e válvulas, ampolas de medicamentos, cristal, vidros temperados planos ou de utensílios domésticos. Vantagens da reciclagem: pode ser reutilizado porque sua esterilização tem alto grau de segurança.

Metais:
Decomposição: não se decompõem. Vantagens da reciclagem: evita a retirada de minérios do solo, minimizando o impacto ambiental acarretado pela atividade mineradora, e reduz o volume de água e energia necessário para a produção de novos produtos.

Lixo orgânico:
Decomposição: 6 a 12 meses. Vantagens da reciclagem: a compostagem de resíduos orgânicos -adubo com grande capacidade de reposição de sais minerais e vitaminas.

Para conhecer um pouco de sua filosofia, acesse: http://www.ipemabrasil.org.br/

PARA ASSISTIR AO VÍDEO, ACESSE: http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM742801-7822-CONHECA+O+HOMEM+QUE+NAO+PRODUZ+LIXO,00.html

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

"O Fenômeno dos Blogs"


O próximo palestrante do "O Brasil em Debate na Assembéia Legislativa" é o jornalista Ricardo Noblat, colunista do jornal O Globo e que vai falar sobre "O fenômeno dos Blogs". E por se tratar de BLOG, claro que estaremos lá, prestigiando mais esse evento da ALESC. Aguardem as boas novas!

Quem quiser ir, deve correr, pois as vagas são limitadas: http://www.alesc.sc.gov.br/

Ou aguardar a matéria no blog da RPPN Rio das Lontras.
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Ricardo Noblat (Recife, 1949) é um jornalista brasileiro, formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Atualmente, mantém um blog sobre política no portal do jornal O Globo. Foi editor-chefe do Correio Braziliense e da sucurssal do Jornal do Brasil, em Brasília.

Noblat é fomado pela Universidade Católica de Pernambuco. Trabalhou como repórter do jornais Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio e das sucursais do Jornal do Brasil e da revista Veja em Recife. Noblat também foi chefe de redação da sucursal da revista Manchete.

Chefiou a sucursal da revista Veja durante dois anos, em Salvador. Depois foi editor-assistente da mesma revista em São Paulo.

Em Brasília desde 1982, foi editor regional da sucursal do Jornal do Brasil. Trabalhou novamente como repórter da sucursal de O Globo, em 1989, de onde foi chefiar a sucursal da revista IstoÉ. Assumiu em 1994 a direção de redação do jornal Correio Braziliense, permanecendo no cargo até novembro de 2002.

Em março de 2004 criou o Blog do Noblat, hospedado no site do jornal O Globo. Hoje, ele escreve às segundas-feiras para o jornal O Globo.

Ricardo Noblat também é autor dos livros A Arte de Fazer um Jornal Diário, O Que é Ser Jornalista e Céu dos Favoritos.

Vale conhecer seu blog:
http://www.noblat.com.br/

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Canela Sassafrás

Engenheiro Florestal da Prosul realiza técnica de escalada para se aproximar da copa da Canela Sassafrás em pesquisa na RPPN Rio das Lontras

A bela, aromática e rara Sassafrás

A Canela Sassafrás (Ocotea odorífera) é uma das mais belas árvores encontradas na RPPN Rio das Lontras. Era abundante na região, até que na década de 1970 teve uma procura enorme de empresas norte-americanas interessadas na sua essência e quase foi extinta, sendo muita rara de ser encontrada atualmente.

Por ser fonte de safrol, sua sentença foi quase o total desaparecimento. Explorada em larga escala até a década de 90, principalmente no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, a canela-sassafrás supria a demanda mundial de safrol, transformando o Brasil, na época, no maior exportador mundial do produto. Porém, a fonte secou, em função de sua extração predatória, levando a espécie à quase extinção.

Famosa por seu odor característico, a canela Sassafrás pode atingir 25 metros de altura e ter um tronco com 70 centímetros de diâmetro. Tem a copa pequena e alongada, com folhagem verde escura, podendo ser encontrada do Sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. No Paraná, ocorre na Floresta Atlântica e na floresta com Araucária. No passado, foi muito explorada pela qualidade da madeira e pelo óleo essencial de aroma agradável, de onde são extraídas substâncias valiosas para a perfumaria e que tem um curioso uso na indústria espacial, devido à estabilidade de suas qualidades lubrificantes para aplicações onde existem altas variações de pressão.

Eram comuns os pequenos barris feitos com sua madeira, usados para envelhecer aguardente de cana, fazendo com que esta adquira o seu odor e gosto característicos. Atualmente, indivíduos de grande porte são raros. São encontradas árvores jovens crescendo no ambiente sombreado do interior das matas, que deverão atingir alturas superiores a 20 metros se a floresta for preservada, uma vez que em campo aberto a Sassafrás dificilmente se desenvolve.




Curiosidades sobre o safrol:

* Puro êxtase!
O Safrol é a base (reagente de partida) do MDMA (N-Metil-3,4-metilenodioxiamfetamina) popularmente conhecido como Ecstasy.


* Xô dengue!
O óleo essencial de Piper mikanianum (somente a espécie de ocorrência em Santa Catarina é produtora do arilpropanóide safrol) apresentou atividade repelente e inseticida contra Culex quinquefasciatus Say.

* No espaço:
Versátil, o óleo de safrol é utilizado pela indústria aeronática.

* Made in China:
Atualmente, o óleo de safrol é importado da China e do Vietnã que o obtém de uma planta chamada Cinnamomum camphora. No entanto, há o risco do governo chinês proibir a exploração do Cinnamomum. Segundo Flávio Pimentel, líder do projeto de pesquisa da Embrapa Acre, os rumores dão conta de que o motivo é o mesmo que levou o Brasil a não permitir mais a exploração do sassafrás a partir de 1991: Risco de extinção da espécie!


* Demorou!
O Brasil passou a importar o safrol em 1991, depois da proibição da exploração do sassafrás, planta que é da mesma família do Cinnamomum camphora. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) passou a exigir um projeto de reflorestamento para os produtores de sassafrás. "Isso, no entanto não interessou porque o sassafrás tem ciclo de corte somente depois de 25 a 30 anos de plantio", observou.

* Pressão baixa
Um composto presente na canela sassafrás (Ocotea pretiosa), sintetizado a partir do safrol, foi a origem da molécula sintetizada na UFRJ e pode dar origem a medicamento mais eficaz contra pressão alta.A substância é capaz de dilatar artérias e foi desenvolvida por farmacêuticos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os testes realizados até agora não indicaram efeitos colaterais da substância, que no futuro pode se transformar em uma alternativa econômica de medicamento para controlar a pressão alta.

* Safrol da vez:
Pesquisa conduzida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pode tirar o Brasil da dependência de safrol, substância de largo emprego nas indústrias de cosméticos, de produtos de limpeza e de inseticidas biodegradáveis. Com base em estudos feitos pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a Embrapa Acre identificou uma espécie de pimenta longa, até então conhecida como praga pelos produtores da região amazônica, com alta concentração de safrol. É a espécie Piper hispirdinevium.

domingo, 7 de outubro de 2007

Menino maluquinho

Ziraldo, 75, se sente mais 'menino maluquinho' que nunca
Um livro sobre o cartunista, uma compilação e um inédito marcam seus 'inquietos' 75 anos
Patrícia Villalba, do Estadão

Foto: Fábio Motta/AE
RIO - Perto de completar 75 anos, no dia 24, Ziraldo Alves Pinto tem implicado com Simone de Beauvoir. Seus cabelos e até sobrancelhas são branquinhos e há algum tempo se tornaram uma marca, mas os macaquinhos andam serelepes como sempre pelo seu sótão, como se ele mesmo ainda fosse o menino maluquinho de Caratinga, Minas Gerais. Talvez fosse a companhia de um taciturno Jean-Paul Sartre, alfineta ele, que fez Simone achar que a pós-maturidade é o fim, a decadência – tese lançada pela escritora em A Velhice, de 1970. "As gerações de hoje estão demorando muito para entregar o ouro", observa ele.

Longe de se tornar rabugento, mas também nada a ver com um "velhinho fofo", Ziraldo se mantém vivaz, engraçado, ferino e saudavelmente indignado. Assim mesmo e a mil, fez ginástica para abrir espaço na corrida agenda das comemorações dos 75 anos – "a festa aconteceu o ano todo!", diverte-se – para receber o Estado, em seu estúdio na Lagoa, no Rio. Uma conversa sobre o que ele mais gosta de falar – tudo.

Com 75 anos ainda dá para ter macaquinhos no sótão?
Dá. Eu tenho pensado muito sobre a velhice. Reparo uma coisa: esse negócio de achar que a velhice é o fim, a entrega, a decadência é algo que me assustou muito no livro da Simone de Beauvoir (A Velhice). Como ela envelheceu mal, ao lado do Sartre, que também envelheceu mal, ela escreveu um livro que só levantou a história de artistas que envelheceram mal. Acho estranho, porque todo mundo tem a consciência de que vai ficar velho, e quando a velhice chega deveria ser natural. As gerações de hoje estão demorando muito para entregar o ouro. Neste momento, a quantidade de pessoas na minha faixa etária que ainda está atuando no Brasil é imensa. Inauguramos o setentão, que até pouco tempo não existia.

A gente percebe mesmo que os setentões estão saracoteando por aí. O que será que mudou nessa sua geração?
É uma pergunta interessante porque a geração do Sartre chegou muito amarga à velhice. Se você escolhe uma vida só baseada nos prazeres da carne, é claro que a pele vai ficar feia, que você ficar doente, cansado. O que está acontecendo agora é a consciência mais ampla de que não há alternativa: o melhor é continuar produzindo. Veja a Dercy Gonçalves, o Niemeyer, eles não se queixam da velhice. A Simone de Beauvoir disse que nenhuma obra dos grandes mestres foi feita na velhice. No entanto, o Niemeyer continua criando.

Mas você é preocupado com a saúde, se cuida?
Mais ou menos. Precisava nadar, andar, fazer regime. Não faço nada disso, só tomo as minhas pílulas para pressão alta. Por azar, eu tenho pressão alta. Atrapalha muito a vida de quem quer continuar fazendo muita coisa, mas tem como controlar, com as pílulas. Mudar o modo de viver, nem pensar. Comer sem sal? Eu, não.

Você sempre teve personagens homens, meninos, e agora vem com uma menina, a Menina das Estrelas. Como é hoje sua observação do universo feminino?
Meus personagens são mesmo meninos. Sempre tive muito cuidado ao escrever sobre meninas porque o meu trabalho é sobre a natureza humana, não sou um contador de história, estou sempre colocando questões sobre o sentimento humano. Achava meio difícil, porque eu poderia ser sincero mas não competente ao escrever sobre a menina, a mulher. Desta vez, tive coragem. Quando comecei a escrever o livro não tinha idéia do que dizer. Tanto é que não fiz uma história, mas uma descrição dessa instituição maravilhosa que é a menina. Há duas instituições no mundo: a menina e o menino. Larva, casulo e borboleta – você tem exatamente isso no ser humano. Até os 7 anos, o ser humano é larva. Dos 8 aos 11, é casulo. Depois, vira borboleta, vai assumir a própria vida. Agora, nesta fase de casulo, é que a menina e o menino passam a existir, quando se julgam no mundo. Sou fascinado por essa faixa de idade. Isso está bem explicado no livro, quando eu ilumino a menina dos 8 aos 11 como a Menina das Estrelas.

Sempre pensei no porquê de você não usar nos livros infantis nada da veia política que conhecemos dos seus trabalhos para adultos.
Acho que isso não é conversa para menino. Eu faço histórias otimistas para crianças. Não sou otimista, sei que a humanidade é complicada e que o ser humano nasce com ânsia de bondade, mas que a luta pela vida vai fazê-lo usar as piores qualidades dele para sobreviver. A vida vai mostrar esse tipo de coisas para criança, quando ela crescer. Mas enquanto for criança, eu tenho de falar de coisas amenas para ela. Eu não falo no Menina das Estrelas que o pai dela pode falhar, que a mãe dela é maluca, chata. Posso brincar com isso, mas valorizo a relação com o pai e com a mãe. Não vou fazer livro sobre aids para criança! Ela tem de acreditar na vida. Você não tem de fazer orientação política para criança, bobagem. Faço livros para a criança gostar de ler.

O Menino Maluquinho é de 1980, e coincide com abertura política. Não é coincidência que você tenha passado da indignação do Pasquim para o lirismo da literatura infantil justamente neste período, não?
Tem tudo a ver. Porque eu fiquei sem saber o que ia fazer. No Pasquim, eu tinha uma causa, vivia em função da luta contra a ditadura. Já tinha feito história em quadrinhos antes, sabia conversar com criança. Tinha feito Flicts, mas por causa do AI-5 me dei conta de que havia uma luta, e que eu não poderia ficar fazendo livro infantil. Quando os anos de chumbo acabaram, pensei "o que eu vou fazer?". Comecei a trabalhar como artista gráfico. Daí, me ocorreu fazer O Menino Maluquinho. O livro arrebentou a boca do balão, vendi 100 mil exemplares na Bienal do Livro de 1980. E editora me encomendou outro livro, e outro e mais outro. Virei autor para criança.

Então, é impossível a sobrevivência de uma publicação como O Pasquim na democracia?
Não tem como. Veja que todas as experiências fracassaram. Eu fiz a Bundas (1999), que era uma revista política. O leitor não teve nem curiosidade de verificar o que era. Quando a Carla Perez fez seguro da bunda dela, o banco anunciou em todos os lugares, menos na Bundas. Não conseguimos nenhum anúncio no mercado paulista. Ninguém anuncia num jornal de humor político. É engraçado, se fechou o espaço para publicação de humor no mundo. Eu gostaria de voltar a ter uma revista de humor, mas a única maneira de fazê-la sobreviver seria fazer sobre costumes. Porque fazendo cartum ridicularizando o Congresso e a decadência da política brasileira, não é possível sobreviver.

O Brasil sempre riu de si mesmo. Perdeu a auto-ironia?
Perdeu isso nas publicações. Mas a internet é cheia de sacanagens, o humor continua. Um humor de muito mau gosto, de burro, porque a internet é aberta, a qualidade do que se faz ali é péssima. E o humor que se faz na televisão é para agradar ao público menos exigente. O Zorra Total é de chorar. Agora, o humor de tomada de consciência, realmente, está morto no mundo inteiro. Tudo mudou, e eu não tenho nostalgia. Mas as razões para você ser feliz não são as mesmas de 30 atrás. Você pode ser feliz, sempre. As circunstâncias mudaram, só isso.

Mas você continua romântico?
Claro, a gente não vai mudar por causa dos novos tempos, mas precisa compreender os novos tempos para não ficar desajustado. É preciso ter consciência da transitoriedade das coisas, isso ajuda a envelhecer.

Você é mais Jeremias, O Bom ou mais Menino Maluquinho?
Acho que os dois. Não tem como você fugir de botar a sua cabeça nos personagens que cria, seja o Mineirinho, o Comequieto ou a Supermãe. Eu sou a Supermãe e tenho também o meu lado Jeremias, mas com a consciência de que a bondade não é uma qualidade, é uma maneira de sobreviver no mundo. Às vezes, é mais fácil ser bom, você se livra dos problemas.

E o seu disco de bolero, quando sai?
Olha, eu fiz a versão de Vingança, do Lupicínio Rodrigues para o espanhol, como bolero. Vou cantar no disco da Maria Eduarda, que canta como um anjo. O Chico Caruso canta uma música e eu outra. Em novembro, ela vai lançar o disco, e eu e o Chico vamos participar do show – somos dois caras-de-pau. Eu ainda gravo um disco de bolero. Nasci mesmo para ser crooner de orquestra!

Veja também:
Ziraldo canta o bolero 'Vingança', de Lupicínio Rodrigues; veja outros trechos da entrevista